Estrutura social

Bases sociais e interiorização: o predomínio eleitoral do PSDB paulista (1994-2014)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Fiore, Danilo Cesar
Sexo
Homem
Orientador
Singer, Andre Vitor
Ano de Publicação
2016
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciência Política
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Comportamento eleitoral
Estudos eleitorais
Partidos políticos
Política subnacional
PSDB
Resumo

Desde 1994, ininterruptamente o PSDB elege seus candidatos ao governo do Estado de São Paulo. Hegemonia eleitoral de tamanha duração vitória em seis eleições consecutivas não foi alcançada por nenhum outro partido em pleitos estaduais na história democrática brasileira recente. Tal feito é ainda mais relevante ao levarmos em conta a trajetória eleitoral paulista, historicamente associada a quadros partidários e resultados das urnas surpreendentes. Assim, o objetivo desta pesquisa é identificar as bases sociais e territoriais do voto nos principais partidos do Estado de São Paulo, com ênfase no PSDB. Para tanto, utilizamos as seguintes variáveis: pesquisas eleitorais estratificadas por renda e escolaridade; tamanho dos municípios; nível de desenvolvimento médio das localidades (ao nível das zonas eleitorais e municípios) para duas regiões previamente estabelecidas a Grande São Paulo e o interior. Identificamos que o partido tucano obtém apoio crescente na medida em que se elevam os índices socioeconômicos do eleitorado. O partido, porém, mantém um importante suporte entre os setores populares sobretudo no interior do Estado. Por fim, ainda que obtenha penetração elevada em todos os municípios paulistas, o PSDB possui melhores resultados nas pequenas localidades. Ao final, discutimos estes achados à luz do panorama eleitoral, partidário e federativo no Brasil.

Disciplina
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1994-2014
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-16052016-124738/pt-br.php

Sindicalismo rural e centrais sindicais no Brasil: aproximações e disputas nas primeiras décadas do século XXI

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Correa, Ellen Gallerani
Sexo
Mulher
Orientador
Galvao, Andreia
Ano de Publicação
2018
Programa
Ciência Política
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
centrais sindicais
sindicalismo
movimentos sociais rurais
trabalhadores rurais
Resumo

Esta tese analisa a relação entre sindicatos rurais e centrais sindicais no Brasil nas duas primeiras décadas do século XXI. A chegada do Partido dos Trabalhadores (PT) ao governo federal em 2003 e a Lei de Reconhecimento das Centrais Sindicais aprovada em 2008 desencadearam um movimento de cisão das centrais sindicais existentes até então, fusão de correntes e fundação de novas centrais. Até 2003, existiam seis centrais sindicais no País, número que salta para treze em 2015. Diante desta nova configuração do campo políticosindical, nosso objetivo foi duplo: de um lado, responder como este cenário impactou a representação sindical dos trabalhadores rurais e, de outro, por que os vínculos entre suas organizações e as centrais sindicais foram alterados. Para isso, selecionamos duas das principais organizações de cúpula do sindicalismo rural brasileiro: a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), criada em 1963, e a Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp), criada em 1989. Articulando os conceitos de campo político-sindical, identidades sindicais, classe e fração de classe, argumentamos que o pertencimento construído por estas organizações com as novas centrais sindicais foram motivados mais pela sua relação com seus pares do que pela orientação programática daquelas. Isso porque, no período em questão, vincular-se a uma central sindical se tornou uma forma de obter reconhecimento, prestígio e distinção, capitais simbólicos que podem ser convertidos em poder político.

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
século XXI
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6665420

Mobilizando redes e construindo arenas participativas: o trabalho social nas políticas de urbanização de favelas da CDHU

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silveira, Mariana Costa
Sexo
Mulher
Orientador
Marques, Eduardo Cesar Leao
Ano de Publicação
2018
Programa
Ciência Política
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Implementação de políticas públicas
Burocracia - Ativismo Institucional
Urbanização de favelas
Trabalho Social
Resumo

De que forma burocracias e atores não-estatais influenciam o processo de implementação de políticas públicas? No contexto da política em estudo, ou seja, no âmbito do trabalho social em políticas de urbanização de favelas da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), a pergunta de fundo é: como a agência situada de atores implementadores influenciou a criação de arenas participativas, num contexto organizacional-institucional adverso? Partindo desta pergunta, este trabalho analisa os diferentes perfis da burocracia implementadora, considerando suas trajetórias, valores, padrões relacionais e formas de atuação heterogêneas em três territórios urbanizados pela CDHU ao longo dos anos: Projeto Pantanal em São Paulo, Programa Serra do Mar em Cubatão e Projeto Pimentas em Guarulhos. Cada um destes três casos analisados conformou distintos cenários à implementação da política, com seus arranjos organizacionais-institucionais específicos. Os principais achados da pesquisa mostram que a construção de arenas participativas e a concretização de práticas do trabalho social se deram de forma gradual e experimental, a partir da atuação ativista dos diferentes agentes implementadores. Foram identificados quatro padrões de atuação engajada ou ativista da burocracia e oito distintos perfis ou papéis dos burocratas entrevistados. Os resultados também sugerem que a atuação criativa destes agentes é influenciada pelos variados cenários organizacionais-institucionais onde estão inseridos, pois conformam distintas estruturas de oportunidades ou constrangimentos à sua ação. Ainda assim, o que se percebe é que, a despeito do contexto conservador das administrações da CDHU, a burocracia implementadora, junto com atores não-estatais envolvidos na implementação da política, lançou mão de diversas estratégias de atuação no sentido de (i) criar e concretizar arenas participativas funcionais no âmbito da política e de (ii) influenciar a construção de um método de trabalho nas políticas de urbanização de favelas da Companhia, entre as diferentes áreas técnicas da CDHU.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Cubatão
Guarulhos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://sucupira-legado.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7589589

O Voto da Fé: comportamento eleitoral e recrutamento partidário dos deputados estaduais evangélicos em São Paulo (2002-2014)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Tanaka, Marcela Gimenes
Sexo
Mulher
Orientador
Meneguello, Rachel
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Campinas
Programa
Ciência Política
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
política subnacional
recrutamento partidário
geografia eleitoral
religião e política
evangélicos
Resumo

O objetivo deste trabalho é compreender a relação entre religião e política no contexto subnacional brasileiro. Em específico, trabalhamos com os deputados estaduais evangélicos eleitos no estado de São Paulo entre 2002 e 2014. Buscamos responder à duas questões que envolvem duas dimensões do fenômeno. A primeira delas é centrada na geografia eleitoral do voto nesses candidatos. Buscamos responder se existiria um ou mais contextos que propiciariam a formação de um voto evangélico. Nossa hipótese é de que contextos com menor escolaridade e renda e maior vulnerabilidade social estariam associados a maiores taxas de votação nesses candidatos. A partir de análises espaciais, mapeadas por município e por região administrativa no caso da capital paulista, concluímos que existe uma característica urbana associada ao voto, além de uma resposta às relações de centro-periferia, na qual a teologia pentecostal teria encontrado terreno fértil para expansão. A segunda dimensão é a da relação entre o processo de seleção interno das candidaturas oficiais e o recrutamento partidário. Nossa hipótese é que a partir de estratégias de recrutamento centrada nos líderes partidários, no modelo de patronagem e nas regras informais do jogo eleitoral, os partidos utilizam-se das “máquinas evangélicas” como atalhos para a seleção de candidatos que possuam apelo eleitoral. A partir de uma metodologia qualitativa, com entrevistas com os deputados eleitos pela 18o legislatura, encontramos que as diferentes denominações recrutam seus candidatos de maneiras distintas. Na Assembleia de Deus, em que pesa o carisma pessoal do candidato com a liderança e na Igreja Universal, em que a força reside no carisma institucional. Para além disso, encontramos que a escolha partidária se dá sob a ótica de um corpo selecionador que detém controle sobre a lista partidária e um conjunto de regras que torna ampla a possibilidade de candidatura.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2002-2014
Localização Eletrônica
https://sucupira-legado.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5760467

Desigualdades e participação improvável: contestando subjetividades subalternas no movimento de moradia de São Paulo

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Ferro, Maria Carolina Tiraboschi
Sexo
Mulher
Orientador
Tatagiba, Luciana Ferreira
Código de Publicação (DOI)
http://dx.doi.org/10.13140/RG.2.2.21894.01605
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
Campinas
Programa
Ciência Política
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
desigualdades
participação política
movimentos populares
subjetividade política
Resumo

A presente tese busca enfrentar o desafio de reconectar, no debate acadêmico, a discussão sobre as desigualdades imperantes na realidade brasileira e a participação política, com foco específico nos setores populares. Em linhas gerais, a literatura tem evidenciado que o acesso desigual a recursos materiais, simbólicos e informacionais e, no caso de sociedades hierarquizadas, como a brasileira, as clivagens de classe, gênero e raça afetam dimensões objetivas e subjetivas e impactam, negativamente, as possibilidades de participação dos setores populares. Nesta tese, interessa ressaltar a dimensão subjetiva de impacto das desigualdades. Meu argumento é que a humilhação social vivida, cotidianamente, pelos pobres conforma subjetividades subalternas, para as quais a agência política não parece ser uma condição possível: ela não está dada e precisa ser construída. Denomino, assim, a participação política dos setores populares como “improvável”. Contudo, apesar das desigualdades, alguns sujeitos pobres constroem trajetórias de militância, aqui, denominadas de “trajetórias desviantes”. Ao longo deste trabalho, analisa-se o processo de engajamento militante na luta coletiva, especificamente, no movimento popular, como veículo para a superação das barreiras da participação dos sujeitos pobres. Por fim, uma vez rompido o padrão da participação improvável e ocorrendo o engajamento militante, analisam-se os impactos que essa participação tem sobre as desigualdades. Nesse ponto, o argumento que desenvolvo, teórica e empiricamente, é que a participação em movimentos populares combate desigualdades ao conformar sujeitos políticos que superam a condição de subalternidade, fornecendo condições de agência aos setores historicamente marginalizados. Dito isso, esta tese tem como objetivo central responder a três questões. A primeira, dando centralidade às dimensões subjetivas de impacto, seria indagar como as desigualdades afetam a participação dos setores populares. A segunda visa interpelar como sujeitos pertencentes aos setores populares superam as barreiras impostas pela realidade que tornam sua participação improvável, e constroem trajetórias de desvio ao padrão esperado. A terceira busca analisar como, no plano subjetivo, a participação em movimentos populares contesta desigualdades. Por fim, cabe mencionar que, como referente empírico, a pesquisa analisou a trajetória de vida de lideranças de movimentos de moradia de São Paulo, fazendo uso do método história de vida.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2013-2018
Localização Eletrônica
https://sucupira-legado.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6362000

Religião, lulismo e voto: A atuação política de uma Assembleia de Deus e seus fiéis em São Paulo – 2014-2016

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Valle, VIinicius Saragiotto Magalhaes do
Sexo
Homem
Orientador
Singer, Andre Vitor
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.11606/T.8.2019.tde-11032019-113345
Ano de Publicação
2018
Programa
Ciência Política
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Comportamento eleitoral
Lulismo
Pentecostalismo
Voto religioso
Resumo

Esta pesquisa consiste em um estudo de caso realizado no município de São Paulo, no qual se explorou a dinâmica eleitoral por dentro de uma igreja evangélica pentecostal que pertence à denominação Assembleia de Deus, Ministério Belém, durante o período de 2014 a 2016. A investigação se deu tanto no plano da instituição religiosa em questão, separando os níveis do alto clero e de um templo comum periférico, quanto no plano dos seus fiéis. Na dimensão institucional, procurou-se observar qual o discurso político-eleitoral veiculado pela instituição religiosa, e como ela se organiza em termos eleitorais para difundi-lo. Já no plano dos fiéis, identificou-se como eles agem em relação às posições políticas da igreja, tanto em termos amplos de visão política, quanto no voto em si. Para discutir o papel e a força política da igreja, foi preciso levar em conta também a conjuntura política que o país passava no período, e como os fiéis a liam em cada um dos pleitos. A pesquisa abrangeu tanto as eleições legislativas quanto executivas. Nas duas eleições observadas, perceberam-se diferentes tipos e intensidades de engajamento da instituição religiosa entre as eleições legislativas e executivas, e também um crescente discurso antipetista. Entre os fiéis, encontrou-se forte apoio aos candidatos promovidos pela instituição, mas diferenças subjetivas na impressão sobre cada um deles. Nas eleições municipais de 2016, observou-se o surgimento de um grupo de fiéis que discordou da indicação da igreja. Encontrou-se também o crescimento do antipetismo entre os fiéis, ao longo do tempo, o que culminou no quase desaparecimento do grupo de lulistas na eleição de 2016. Analisando o comportamento dos fiéis ao longo do tempo, foi possível identificar diferenças de lógicas de pensar e de escolha dos votos entre a eleição legislativa e executiva, e procurou-se explicar tal diferença pela forma como que eles entendiam cada uma das esferas, sendo o legislativo visto como uma arena de disputa de valores, e o executivo como o lócus de disputa material da sociedade.

Disciplina
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2014-2016
Localização Eletrônica
https://sucupira-legado.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7259846

Enjaulando pássaros: Junho de 2013 e a domesticação dos protestos no Brasil

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Franca, Gustavo Henrique Serafim
Sexo
Homem
Orientador
Trindade, Thiago Aparecido
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
Brasília
Programa
Ciência Política
Instituição
UNB
Idioma
Português
Palavras chave
Domesticação de protestos
Movimentos sociais
Manifestações de 2013
Junho de 2013
Resumo

Esta dissertação tem por objetivo principal analisar o fenômeno da domesticação de protestos a partir do caso das manifestações de Junho de 2013 por reduções tarifarias nos transportes públicos, observando as intencionalidades que buscavam conformá-las ativamente a ordem presentes nas visões de mundo das entidades da Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e Federação das Industrias do Estado de São Paulo (FIESP), bem como de algumas outras entidades que representam diversas frações das classes dominantes. Embora formas disruptivas de expressão da vontade popular, como protestos, tenham sido largamente negados pelo Estado e pelas democracias realmente existentes – como exemplificavam os Federalistas e a democracia elitista schumpeteriana –, da segunda metade do seculo XX para o XXI, os protestos acabaram sendo cada vez mais aceitos, desde que se conformasse a ordem, como defendiam Habermas e a literatura da cidadania crítica. Foram utilizados os conceitos de convencionalização de protestos, respectivamente, pela literatura da cidadania critica e por Sidney Tarrow, bem como os debates sobre subjetividades domesticadas na história brasileira e o corporativismo sindical brasileiro para conceituar a domesticação como um tipo de dominação no qual os grupos subalternos e classes populares agem ativamente para limitar suas formas e conteúdos de lutas, limitando o poder popular que podem exercer. Na análise das visões de mundo, valendo-se da causalidade constitutiva, foram divididas entre baixa, média e alta abrangência para apreender as intencionalidades domesticantes referentes à conjuntura, a democracia e participação, e à economia e ao confronto político, respectivamente. Além disso, a domesticação foi dividida entre as etapas de intencionalidade, dispositivos e resultados, tendo esta pesquisa focado sobretudo na primeira e, em menor grau, na segunda. A pesquisa identificou um aprisionamento dos protestos à sua capacidade de agenda e à interpretá-las achatando suas demandas, buscando limitar sua capacidade de exercer poder presente na possibilidade de uma greve da cidade, bem como uma valorização de uma ativação política reacionária que para denunciar manifestantes que não seguissem à ordem, queimando ônibus, fechando vias ou fazendo “vandalismo”.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2013
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9840398

O trabalho análogo ao escravo na Justiça do Trabalho: a atuação do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região em casos de trabalho escravo entre 2003 e 2014

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Adão, Felipe da Silva Pinto
Sexo
Homem
Orientador
Koerner, Andrei
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.47749/T/UNICAMP.2020.1128753
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
Campinas
Programa
Ciência Política
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
trabalho análogo ao escravo
análise política de decisões judiciais
justiça do trabalho
tribunal regional do trabalho da 2ª região
Resumo

Essa dissertação busca compreender a concepção dos desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região - São Paulo (TRT-2) sobre o trabalho análogo ao escravo presente em acórdãos proferidos entre 2003 e 2014 e o padrão de atuação do tribunal neste período em casos relacionados ao assunto. Por meio da análise política de decisões judiciais, a pesquisa busca evidenciar como e em que medida esse Tribunal se alinhou às políticas de combate ao trabalho análogo ao escravo vigentes no país neste período e como este setor do Poder Judiciário brasileiro concebia esta prática. Amparada na teoria constitutiva do direito de Alan Hunt e na síntese entre as dimensões estratégicas e constitutivas para a análise política de decisões judiciais formulada por Michael W. McCann, essa dissertação evidencia os fatores institucionais e estruturais que explicam o padrão de decisões sobre trabalho análogo ao escravo no TRT-2 e pretende identificar se este setor do Poder Judiciário brasileiro tem apresentado atuação mitigada em relação à promoção dos direitos de cidadania e se tem compatibilizado as políticas de combate ao trabalho escravo com a reprodução de relações de exploração do trabalho no Brasil.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2003-2014
Localização Eletrônica
https://hdl.handle.net/20.500.12733/1638801

O ovo do pato: Uma análise do deslocamento político da federação das indústrias do estado de São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Perrin, Fernanda Fagundes
Sexo
Mulher
Orientador
Singer, Andre Vitor
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.11606/D.8.2020.tde-16092020-205057
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciência Política
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Classes Sociais
Comportamento Político
Empresariado
Fiesp
Resumo

O comportamento político do empresariado brasileiro é objeto de estudos da Ciência Política desde os anos 1950. Ao longo desse período, os estudos oscilaram entre uma visão do grupo ora como ativo e coeso, ora como passivo e desorganizado. Os anos de Dilma Rousseff na Presidência da República (2011-2016) abrem uma nova janela de oportunidade para esse estudo, uma vez que a ex-presidente promoveu uma política econômica que visava promover o crescimento do PIB via impulsão do setor produtivo industrial. Esse projeto contou em um primeiro momento com o apoio de entidades representativas de empresários, o que contrasta, porém, com o cenário no segundo mandato da presidente, quando houve apoio expressivo da categoria ao impeachment de Rousseff. O que motivou essa mudança de comportamento? Buscamos responder a essa pergunta por meio de um estudo de caso da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), entidade que teve atuação destacada no período. Para isso, fazemos por meio do método process-tracing uma reconstituição da trajetória desde a ascensão de Paulo Skaf, presidente da entidade desde 2004, até o início de 2020, a partir de uma pesquisa empírica qualitativa apoiada em entrevistas, documentos e material de imprensa. A partir da análise desse material, argumentamos que o deslocamento político da federação deve ser entendido a partir do encadeamento de quatro fenômenos: (a) o processo de desindustrialização, cujo impacto sobre a relação de forças internas à Fiesp transformou suas bases e viabilizou Skaf; (b) o conflito distributivo agravado a partir de 2011, que levou a indústria a pedir cortes de gastos e reformas estruturais para garantir sua fatia na renda nacional enfraquecendo os trabalhadores; (c) a radicalização ideológica conservadora a partir de 2013, que complementa e organiza as insatisfações materiais num projeto político mais amplo; (d) a agência de Skaf, cuja atuação move-se balizada por esses dois últimos elos.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2011-2016
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-16092020-205057/publico/2020_FernandaFagundesPerrin_VCorr.pdf

Sindicalismo improvável?: os obstáculos e desafios para o sindicalismo de trabalhadores precarizados e terceirizados em telecomunicações no estado de São Paulo

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Campinho, João de Almeida Rego
Sexo
Homem
Orientador
Galvão, Andréia
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.47749/T/UNICAMP.2020.1129405
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
Campinas
Programa
Ciência Política
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Sindicalismo
Telecomunicações
Trabalhadores
Terceirização
Resumo

A pesquisa apresentada nesta tese contribui com a análise da organização sindical de trabalhadores precarizados e terceirizados no Brasil. Nosso objetivo geral é compreender, no contexto das primeiras décadas dos anos 2000, as causas da baixa intensidade da organização e ação sindical dos trabalhadores precarizados e terceirizados do setor de telecomunicações.

Como o setor abrange uma grande diversidade de atividades, nesta pesquisa nos concentramos em analisar as teleoperadoras e os operários de instalação e manutenção dos serviços de internet, de telefonia fixa e de televisão a cabo, bem como a atuação de três sindicatos do setor de telecomunicações no estado de São Paulo: o Sintratel, Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing de São Paulo e região metropolitana; o Sindinstal, Sindicato dos Trabalhadores em Empresas que executam serviços de instalação e manutenção de redes externas e internas, vendas de TV por assinatura a cabo, MMDS e DTH do estado de São Paulo; e o Sintetel, Sindicato dos trabalhadores em telecomunicações do estado de São Paulo.

A pesquisa baseou-se em entrevistas semidirigidas com trabalhadores e dirigentes sindicais do setor, na análise da bibliografia sobre movimento sindical e relações de trabalho nas telecomunicações e nos dados disponíveis sobre essas atividades e trabalhadores no estado de São Paulo, em especial na RAIS, e articulou três dimensões de análise. Em primeiro lugar, abordamos a situação concreta das relações e condições de trabalho e as dificuldades que essas situações impõem para a atividade sindical. Em seguida, desenvolvemos alguns aspectos relativos ao perfil socioeconômico, ao pertencimento de classe e à ideologia desses trabalhadores. Além disso, investigamos de que forma a estrutura sindical brasileira afeta a organização sindical desses trabalhadores. E, por último, desenvolvemos a repercussão desses elementos no padrão de ação sindical apresentado pelos sindicatos por nós estudados.

Constatamos que além dos obstáculos impostos pelas condições de trabalho vividas pelas teleoperadoras e pelos operários das telecomunicações de São Paulo, a estrutura sindical brasileira tem atuado para enfraquecer e/ou fragmentar os trabalhadores dessas atividades, impulsionando sindicatos defensores da terceirização. Também concluímos que, mesmo sendo parte do novo proletariado de serviços, o perfil socioeconômico e ideológico das teleoperadoras, diferentemente dos operários das telecomunicações, têm aproximado essas trabalhadoras da baixa classe média, dificultando assim sua mobilização e organização sindical, em especial a atividade grevista. 

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2000-2020
Localização Eletrônica
https://hdl.handle.net/20.500.12733/1639356