Psicologia

Estudo comparativo do coping religioso em mulheres protestantes de origem chinesa taiwanesa e brasileira, na Grande São Paulo (mediante a Escala CRE-Breve)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
HUANG, Mônica Frederigue de Castro
Sexo
Mulher
Orientador
ZANGARI, Wellington
Código de Publicação (DOI)
10.11606/D.47.2014.tde-09102014-161432
Ano de Publicação
2014
Programa
Psicologia Social
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Aculturação
Chinesas taiwanesas
Enfrentamento (coping) Religioso e Espiritual
Psicologia da Religião
Psicologia Intercultural
Resumo

O objetivo deste estudo é o investigar a presença de diferenças significantes da variável cultural na modalidade do coping religioso em mulheres, acima de 25 (vinte e cinco) anos, residentes na Grande São Paulo, no contexto religioso de igrejas protestantes históricas, 64 de origem cultural chinesa taiwanesa e 52 de origem cultural brasileira. Administrado o Questionário Geral e Escala de Aculturação nas mulheres de origem chinesa taiwanesa, obteve-se como resultado que 32% foram classificadas como "pouco aculturadas" e 40% como "medianamente aculturadas". As brasileiras responderam o Questionário Geral e ambos os grupos responderam a Escala Coping Religioso Espiritual-Breve (CRE- Breve). Os resultados mostraram uso maior da modalidade de coping Positivos em ambos os grupos, porém com diferença significativamente maiores na amostra de origem brasileira nos seguintes fatores: transformação de si/vida; busca de ajuda espiritual; posição positiva frente a Deus; e busca do outro institucional. Os resultados também apresentaram, diferença estatisticamente significante no Fator Negativo de coping quanto à reavaliação negativa do significado no grupo de mulheres brasileiras. Ao analisar individualmente as questões da Escala CRE- Breve, foram encontradas diferenças significativamente maiores nas mulheres chinesas taiwanesas nas questões: Questionei se Deus realmente se importava; Tentei lidar com a situação do meu jeito; Culpei Deus por ter deixado acontecer; Tentei lidar com meus sentimentos sem pedir ajuda de Deus; e Entreguei a situação para Deus, depois de fazer tudo que podia. As considerações finais levantam as possíveis interpretações das diferenças apresentadas, como demonstração do componente cultural chinês e do componente cultural brasileiro no coping religioso das mulheres participantes da amostra

Disciplina
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-09102014-161432/pt-br.php

"Tem gente que não quer saber de trabalhar": apontamentos sobre o discurso da vadiagem na Praça da Sé (SP)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
DINIZ, Beatriz Ferraz
Sexo
Mulher
Orientador
SATO, Leny
Código de Publicação (DOI)
10.11606/D.47.2014.tde-20102014-123616
Ano de Publicação
2014
Programa
Psicologia Social
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Etnografia
Praça da Sé
Psicologia
Psicologia Social do Trabalho
Trabalho
Resumo

A presença de uma explicação psicologizante (e culpabilizante) em relação a setores da pobreza que não encontram lugar na sociedade contemporânea moveu a proposta desta pesquisa. Tal pobreza, não integrada, é vista como composta de indivíduos que, apesar de estarem aptos ao trabalho, não trabalham, evocando representações ligadas ao universo da vadiagem. Com o aporte de estudiosos das ciências humanas e de fontes documentais, verificou-se que, a despeito de particularidades de acordo com a época histórica, os sentidos da vadiagem no Brasil sempre estiveram associados à permanência de certa parcela da população nos espaços públicos, como ruas e praças. Destaca-se, ainda, a pertinência da temática para o contexto brasileiro fundado sob um modelo de cidadania corporativista, em que aqueles que escapam da figura normativa do trabalhador (TELLES, 2001) são vistos como naturalmente incapazes. Tendo em vista estas questões, o presente estudo tem por objetivo investigar se o discurso da vadiagem está presente entre os frequentadores da Praça da Sé (SP), em relação àqueles que se deixam ficar nas imediações do logradouro em período comercial dos dias úteis. A pesquisa foi realizada utilizando como referencial metodológico a etnografia e a análise documental de jornais, e, como ferramentas, a observação participante aliada a conversas informais. As conversas e a convivência no espaço pesquisado mostraram a presença de uma estigmatização de certa plêiade de pedestres que têm em comum o fato de sentar-se ou deitar-se nas muretas ou no chão da praça. Visto como uma gente acomodada que não quer saber de trabalhar, composta, em sua maioria, por homens negros e pobres, a presença destes no logradouro é vista como fator de degradação, de vergonha e também de perigo. Importante apontar que essas pessoas estavam exercendo atividades visando à sobrevivência, de fato, ninguém ali estava à toa. Neste sentido, observa-se a associação da viração das classes pobres identificada às representações de vadiagem em oposição à norma salarial identificada à figura do trabalhador. No levantamento documental, foi visto que os sentidos em torno da vadiagem foram sendo associados não apenas àqueles que permaneciam nos espaços públicos, mas também àqueles que exerciam trabalhos informais nestes espaços. Não obstante, verifica-se que fatores como precariedade das ocupações, repressão policial, instabilidade nas trajetórias de trabalho, porosidade nas fronteiras do formal, informal e lícito, acabam por, muitas vezes, tornar indeterminadas as delimitações entre trabalhadores e vadios. Indeterminação expressa também nas próprias falas dos entrevistados, carregadas de contradições e ambiguidades quanto à adesão ao código do trabalho enquanto processo identificatório. Conclui-se a presença muito forte no imaginário social das estratégias de culpabilização (GUARESCHI, 2007), que atribui o sucesso ou o fracasso, exclusivamente, ao indivíduo. E coloca em segundo plano as circunstâncias históricas e sociais, o que acaba por legitimar a exclusão social. Conclui-se, também, a associação do espaço da rua (DAMATTA, 1997) como lugar onde vivem os malandros, os pilantras, lugar, por princípio, de desordem moral e violência: preconceito, historicamente, arraigado como visto nas notícias de jornais. Neste cenário, é crucial a exposição pública de certa conduta de ser trabalhador, em que determinados rituais e regras acabam por diferenciar o trabalhador formal, do informal e, ambos, dos acomodados, maloqueiros, pilantras, nóias etc

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Logradouro
Praça da Sé
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
País estrangeiro
Brasil
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-20102014-123616/pt-br.php

Família, comunidade e medidas socioeducativas: os espaços psíquicos compartilhados e a transformação da violência

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
YOKOMISO, Celso Takashi
Sexo
Homem
Orientador
FERNANDES, Maria Inês Assumpção
Código de Publicação (DOI)
10.11606/T.47.2013.tde-08102013-155120
Ano de Publicação
2013
Programa
Psicologia Social
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Adolescentes
Instituições
Psicanálise de grupos
Relações familiares
Violência
Resumo

A pesquisa pretende investigar os impactos das dimensões familiares, comunitárias e institucionais em que os adolescentes infratores estão inseridos, na promoção e manutenção da violência. Foram organizadas informações referentes a 121 adolescentes que cumpriram internação, levando-se em conta configurações familiares, escolarização, trabalho, uso de drogas, sanções disciplinares, recebimento de visitas, entre outros; e realizadas entrevistas grupais e abertas com adolescentes inseridos em semiliberdade no município de São Paulo. O material foi analisado a partir da ótica da Psicologia Social e da Psicanálise, em seus espaços de fronteira, tendo primazia na discussão os conceitos de alianças inconscientes e funções intermediárias. Verifica-se que os adolescentes, predominantemente, afastaram-se das instituições escolares, são usuários de drogas, provém de famílias que se encontram em situação de fragilidade e convivem com a violência familiar e comunitária. Sustenta-se, sobretudo, que as intervenções pautadas na construção de vínculos e de espaços psíquicos compartilhados criativos entre famílias, adolescentes, comunidades e profissionais podem conceder ideais, oferecer continência aos elementos psíquicos desordenados, promover contorno identitário, e resgatar o sentido do pertencimento, tornando-se instrumentos essenciais para o trabalho socioeducativo, dentro de um tempo que alimenta a violência e a ruptura

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
País estrangeiro
Brasil
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-08102013-155120/pt-br.php

Bem) vindo a São Paulo: narrativas de migrantes incluídos marginalmente e a criação de astúcias ao enfrentar a situação de pobreza

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
FERREIRA, Luiza Fernandes
Sexo
Mulher
Orientador
SATO, Leny
Código de Publicação (DOI)
10.11606/D.47.2013.tde-19082013-100218
Ano de Publicação
2013
Programa
Psicologia Social
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Direitos
Migração
Narrativa
Psicologia Social
Redes Sociais
Resumo

Sob a ótica da Psicologia Social, esta pesquisa de mestrado compreende a migração como um fenômeno social, com fatores históricos e políticos a serem analisados. Assim, o estudo de alguns aspectos da formação social do Brasil e as transformações do mercado de trabalho desde o período colonial é central para se compreender os deslocamentos de parte da população. A busca por sobrevivência e melhores condições de vida levam contingentes populacionais a migrarem, o que, tantas vezes, culmina em mais pobreza, processos de desenraizamento, discriminações e à uma vida também precária na "cidade grande". Deste modo, aos migrantes "pobres", marginalizados socialmente, desprotegidos pelo Estado e privados de seus direitos, resta a luta pela sobrevivência e a criação de mecanismos de enfrentamento próprios. Partindo destas questões, o presente estudo tem como objetivo: descrever as razões atribuídas por migrantes incluídos marginalmente na cidade de São Paulo ao seu processo de migração e suas impressões acerca da vida nesta cidade; identificar as táticas cotidianas utilizadas por estes migrantes ao enfrentar a situação de pobreza; as redes sociais que procuram neste enfrentamento; e como os equipamentos públicos comparecem nessa busca. A pesquisa foi realizada a partir de narrativas sobre a história de vida de cinco migrantes que vivem em uma região periférica da Zona Sul da cidade de São Paulo. Estas narrativas foram analisadas como testemunhos de sujeitos que contam, além de sua própria história e de outros, aspectos da formação da cidade de São Paulo e da história social do nosso país. Todos os participantes nasceram em zonas rurais do Nordeste, onde viviam em situação de extrema pobreza, com falta de recursos, exploração de trabalho e privação de direitos. A vinda para São Paulo é vista, antes de migrarem, como um progresso, como uma chance de ascensão social por meio do trabalho e de poder conduzir a própria vida sem ser conduzido por ela. Porém, quando chegam, a realidade na nova cidade é outra e a situação de pobreza continua. Não há espaço nas casas, não há espaço para eles. Trabalhos, quando surgem, são, na maioria das vezes, em situação de precariedade, com salários insuficientes para viver na cidade, com dificuldades até de garantir os mínimos da sobrevivência. Há ausência do Estado na garantia mínima de direitos a essas pessoas tanto na "roça", quanto na "cidade grande". Nas narrativas, muitas vezes, a pobreza aparece como um "fracasso pessoal", como um "defeito" do indivíduo, neutralizando, assim, os contextos históricos, sociais, políticos e econômicos de construção desta pobreza no Brasil. Sem ter seus direitos assegurados, estes migrantes precisam encontrar maneiras de "se virar" na cidade para tentar garantir algumas condições básicas de vida e, quem sabe, alguns destes direitos. Assim, inventam táticas astuciosas para enfrentar a situação de pobreza, sendo uma delas a busca por redes sociais de apoio. Os equipamentos públicos quase não aparecem nestas procuras por redes sociais. As rendas oriundas de alguns programas governamentais, quando existem, são pouco divulgadas, exigindo que enfrentem grandes adversidades para conseguí-las. A visão imbuída de preconceitos sobre o migrante aponta uma passividade, que não foi possível observar no presente estudo: estão em luta constante, em um contexto de privação de condições mínimas de sobrevivência. Como, enfim, trazer estas "lutas" para a linguagem dos direitos? Como transformá-las em atos políticos?

Disciplina
Referência Espacial
Zona
Sul
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-19082013-100218/pt-br.php

Os sentidos atribuídos à juventude, à violência e à justiça por jovens em liberdade assistida em São Paulo/SP

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Delgado, Larissa Nóbrega
Sexo
Mulher
Orientador
Silva, Luis Guilherme Galeão da
Código de Publicação (DOI)
10.11606/D.47.2013.tde-01082013-102556
Ano de Publicação
2013
Programa
Psicologia Social
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Justiça
Juventude
Liberdade Assistida
Medidas Socioeducativas
Reconhecimento
Resumo

Esse trabalho buscou questionar o nível de percepção de jovens em Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida quanto às relações sociais que implicam em sua condição. Também procurou saber se as relações de não reconhecimento e não redistribuição de bens materiais perpassam essa percepção. O objetivo da pesquisa foi compreender os sentidos atribuídos à juventude, à violência e à justiça por jovens nessa condição. A metodologia utilizada foi entrevistas semiestruturadas, grupos de produção de fanzines e observações. Participaram 14 jovens, de 15 à 18 anos, moradores de distritos da periferia de São Paulo/SP. A partir das categorias de análise (juventude, violência e justiça), se identificou que as falas sobre a própria juventude estiveram relacionadas a estereótipos e a percepção de outras pessoas. O desejo de consumo foi referência para a vivência da juventude. Interpretou-se esse desejo como uma busca por respeito e estima. Os sentidos sobre violência e justiça/injustiça foram diversificados, mas alguns se sobressaíram nas falas dos jovens. A violência policial foi interpretada como a mais marcante; os jovens mostraram saber da violação de seus direitos, mas as falas apresentam um sentimento de impotência. Não houve referência à percepção do motivo pelo qual os direitos são violados. Quanto à justiça e a injustiça, não há menção à percepção em termos cognitivos de condições de injustiça, mas se fez presente o sentimento de indignação. Considera-se que as relações de não reconhecimento estiveram mais presentes nas falas do que as de não redistribuição

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-01082013-102556/pt-br.php

Entre o "encardido", o "branco" e o "branquíssimo": raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
SCHUCMAN, Lia Vainer
Sexo
Mulher
Orientador
SATO, Leny
Código de Publicação (DOI)
10.11606/T.47.2012.tde-21052012-154521
Ano de Publicação
2012
Programa
Psicologia Social
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Brancos
Branquitude
Psicologia social
Raça
Racismo
Resumo

O objetivo desta tese é compreender e analisar como a ideia de raça e os significados acerca da branquitude são apropriados e construídos por sujeitos brancos na cidade de São Paulo. A branquitude é entendida aqui como uma construção sócio-histórica produzida pela ideia falaciosa de superioridade racial branca, e que resulta, nas sociedades estruturadas pelo racismo, em uma posição em que os sujeitos identificados como brancos adquirem privilégios simbólicos e materiais em relação aos não brancos. Para a realização deste trabalho apresento uma abordagem conceitual dos estudos sobre branquitude dentro da psicologia social e das ciências humanas. Apresento também seus desdobramentos para o entendimento do racismo contemporâneo, bem como revisão teórica de como o conceito de raça foi produzido a partir do pensamento acadêmico europeu do século XIX e reproduzido no pensamento social paulistano. A pesquisa de campo foi desenvolvida por meio da realização de entrevistas e conversas informais com sujeitos que se auto identi" caram como brancos de diferentes classes sociais, idade e sexo. Nosso intuito era compreender a heterogeneidade da branquitude nesta cidade. As análises demonstraram que há por parte destes sujeitos a insistência em discursos biológicos e culturais hierárquicos do branco sob outras construções racializadas, e, portanto, o racismo ainda faz parte de um dos traços uni" cadores da identidade racial branca paulistana. Percebemos também que os significados construídos sobre a branquitude exercem poder sobre o próprio grupo de indivíduos brancos, marcando diferenças e hierarquias internas. Assim, a branquitude é deslocada dentro das diferenças de origem, regionalidade, gênero, fenótipo e classe, o que demonstra que a categoria branco é uma questão internamente controversa e que alguns tipos de branquitude são marcadores de hierarquias da própria categoria

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-21052012-154521/pt-br.php

Memória social de participantes de comunidades eclesiais de base em Santo André

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
SILVA, Gustavo Xavier Ferreira da
Sexo
Homem
Orientador
DAMERGIAN, Sueli
Código de Publicação (DOI)
10.11606/D.47.2012.tde-05092012-093604
Ano de Publicação
2012
Programa
Psicologia Social
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Comunidades Eclesiais de Base
Histórias de vida
Igreja Católica
Memória social
Psicologia Social
Resumo

O presente trabalho é um estudo sobre as memórias de participantes de Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) numa região paroquial de Santo André. Trata-se de tentar compreender as relações dialéticas entre a vida social e a subjetividade das pessoas que narram suas lembranças. Foi escolhido o procedimento de História Oral de Vida, a fim de captar o conjunto das experiências vividas, desde a infância até o momento presente, ao longo de suas trajetórias e reconstruídas na narrativa memorial de cada um. Os narradores percorrem suas lembranças, unindo-as a reflexões, avaliações, explicações e interpretações que tendem à formação de um sentido totalizante de vida. A fé, os compromissos sociais e políticos, os espaços, as relações sociais, os desenvolvimentos humanos, as respostas às dificuldades, os valores, o trabalho, as relações com o tempo e com os testemunhos pessoais, são alguns dos aspectos destacados das memórias neste estudo. O pesquisador constrói, com os narradores, algumas reflexões acerca dos aspectos que emergem das memórias, tendo a companhia de autores como Ecléa Bosi, Maurice Halbwachs, Karl Marx, István Mészáros, José Moura G. Filho, Guimarães Rosa, os teólogos da libertação, entre outros. O estudo teve como eixo 4 sujeitos e suas histórias de vida, enriquecidas por observações em espaços diversos e convivências com muitos outros participantes de movimentos e grupos afins às CEBs, especialmente no ABC.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Santo André
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
País estrangeiro
Brasil
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-05092012-093604/pt-br.php

Cantando a própria história

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
VILELA, Ivan
Sexo
Homem
Orientador
BOSI, Eclea
Código de Publicação (DOI)
10.11606/T.47.2011.tde-14062011-163614
Ano de Publicação
2011
Programa
Psicologia Social
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Cultura popular
Desenraizamento social
História social
Memória verbal
Música caipira
Resumo

Este trabalho pretende realizar uma leitura da música caipira, de seus componentes e de sua principal porta-voz: a viola caipira, aqui abordada sob o ponto de vista de sua história social e musical. Nessa reflexão questionaremos alguns conceitos, já elaborados por outros autores, sobre a música caipira e sua relação com o mercado fonográfico. Para isso, nosso olhar se debruçará sobre o homem do campo do Centro-Sudeste do Brasil o caipira, a maneira como era entendido aos olhos da urbanidade e o intenso processo migratório para a grande São Paulo entre o início do século XX e os anos 1970. Ao deixarem seus locais de origem, esses migrantes entraram em um processo de perda de raízes, que chamamos desenraizamento. Por uma série de razões aqui abordadas, essas populações foram compondo as periferias das grandes cidades e sua cultura foi sendo tratada como algo menor, não canônico. Um dos aspectos da cultura dos caipiras é sua expressão musical, que teve como base poemática o romance, o contar uma história. Nessas narrativas musicais, sempre ligadas ao universo da oralidade, registraram fonograficamente a sua saga e transmitiram seus valores de vida. Pelas ondas do rádio a história dos caipiras se fez conhecida por todos fato raro num país onde é contada sempre a história dos vencedores. A radiodifusão da música caipira atuou como um fator de reenraizamento sobre os migrantes preservando seus valores e mantendo a sua história. No intuito de confirmação dessas idéias, foram realizadas entrevistas com migrantes de modo a colher suas impressões acerca da perda e aquisição de novos valores

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
início do século XX e os anos 1970
Localização Eletrônica
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-14062011-163614/pt-br.php

Jovens em Marsilac: discussões e representações sociais sobre vulnerabilidade

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
SILVA JUNIOR, Antonio Henrique Ribeiro da
Sexo
Homem
Orientador
CHIAROTTINO, Zelia Ramozzi
Código de Publicação (DOI)
10.11606/D.47.2011.tde-20072011-120127
Ano de Publicação
2011
Programa
Psicologia Social
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Exclusão social
Jovens
Psicologia social
Representação social
Vulnerabilidade
Resumo

Neste trabalho focamos atenção nos jovens de Marsilac, um distrito localizado no extremo sul da cidade de São Paulo, predominantemente rural e marcado pela presença de indicadores sociais associados à baixa renda e grau de instrução populacional, pouca oferta de serviços públicos e violência. Contando com uma amostra de 36 participantes de ambos os sexos e com idades entre 12 e 17 anos, propusemos a realização de grupos focais para coleta de dados e uma subsequente análise do material e seu conteúdo, a fim de subsidiar uma discussão ampla sobre vulnerabilidade no contexto de suas vidas, tendo como referenciais os pressupostos do sociólogo Robert Castel - que a entende como central no processo de mobilidade social, que vai da inserção à desfiliação, e tem como eixos a precariedade nas relações interpessoais e de trabalho/produtividade. Neste sentido, resultados demonstraram a presença de alguns fatores precários responsáveis pela criação de uma situação vulnerável nos dois eixos, principalmente criadas pela falta de acesso pleno aos espaços sociais e de formação profissional ou empregabilidade propriamente, agravadas neste sentido por vivências de discriminação. Como um segundo objetivo e apoiados em Moscovici, nos propusemos a identificar eventuais representações sociais sobre esta vulnerabilidade no discurso dos participantes, buscando compreender de que maneira particular esses jovens traduziam suas vivências e percepções em um contexto de precariedades. Além de aprofundar o olhar teórico sobre um fenômeno social (vulnerabilidade) ou uma categoria (jovens), procuramos afirmar o espaço e apresentar aspectos de uma população pouco acessada e conhecida no município

Disciplina
Referência Espacial
Zona
Sul
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Marsilac
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
País estrangeiro
Brasil
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-20072011-120127/pt-br.php

O esquecimento do passado por refugiados africanos

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Oliveira, Tania Biazioli de
Sexo
Mulher
Orientador
Mello, Sylvia Leser de
Código de Publicação (DOI)
10.11606/D.47.2011.tde-20072011-110935
Ano de Publicação
2011
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Psicologia Social
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Choque
Elaboração psíquica
Esquecimento
Psicologia social
Refugiados
Resumo

Esta pesquisa trata do esquecimento do passado por refugiados africanos. As entrevistas foram recolhidas na Casa do Migrante, albergue que acolhe migrantes internos, imigrantes e refugiados recém-chegados em São Paulo. Foram entrevistados dois africanos: um angolano e outro congolês. Nosso objetivo de estudar o esquecimento emergiu nas entrevistas individuais e compartilhada entre estes refugiados, pois eles não queriam lembrar as cenas de guerra em África. Compreendemos o esquecimento, levantando a hipótese freudiana de que os refugiados querem esquecer o passado pois, ao tentarem dominar o golpe excessivo, repetem compulsivamente o trauma e a hipótese benjaminiana de que a dificuldade dos africanos em comunicar a experiência de guerra se deve ao declínio da narrativa e a experiência do choque após o avanço das forças produtivas. Porém, buscamos investigar se é possível elaborar o passado. Compreendemos as levas de refugiados ao redor do mundo como resultado da crise do capitalismo global, como nos mostrou Robert Kurz. Não se trata de povos obrigados a sair de sua pátria desde a antiga história religiosa da humanidade, tão pouco de vítimas de perseguição ou vítimas de violação dos direitos humanos, como concebe a Cáritas Arquidiocesana de São Paulo no atendimento aos refugiados. Analisamos as entrevistas a partir de três categorias de análise a fuga da guerra, a educação e o trabalho. Então, refletimos sobre o esquecimento dos refugiados africanos, partindo de um teor religioso para alcançar algumas considerações psicológicas. Mas o que resta aos psicanalistas diante de refugiados africanos? Concluímos o estudo, investigando a metodologia psicanalítica mais adequada para a pesquisa com africanos sobreviventes de guerra. E decidimos recolher seus sonhos traumáticos, segundo nossa hipótese de que eles pudessem sonhar à noite com aquilo que querem esquecer à luz do dia

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Localidade
Casa dos Imigrantes
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-20072011-110935/pt-br.php