História
Caxias do Sul: poder público e interesses sociais na ocupação do espaço urbano (1875-1950)
O Mundo é Nossa Pátria: a trajetória dos imigrantes operários têxteis de Schio que fizeram de São Pauo e do Bairro do Brás sua temporária morada, de 1891 a 1895
Códigos e práticas: o processo de constituição urbana de Vila Rica colonial (1702-1748)
Memórias de Ofícios: história dos artesãos em São Paulo
De Frequesias Rurais a Subúrbio: Inhaúma e Irajá no município do Rio de Janeiro
Chão de Terra: um estudo sobre São Paulo colonial
Disciplinarização da Pobreza no Espaço Urbano Burguês: assistência social institucionalizada - Uberlândia 1965 a 1980
Resumo: Analisa, segundo concepção de espaço burguês, a temática dos excluídos sociais, considerando a prática política dos mecanismos de poder como vias de disciplinarização dos excluídos para o convívio social nos limites da ordem burguesa. O enfoque do trabalho centra-se na análise da cidade de Uberlândia (1965 a 1980) por representar exemplo da "racionalização e do progresso", podendo, por isso, estabelecer projetos de controle das formas de existência que colocam em jogo o poder e a dominação possíveis ao capital. Elegeu-se a ICASU (Instituição Cristã de Assistência Social de Uberlândia) como um desses projetos políticos da classe dominante de controle do espaço urbano; esta instituição, criada por empresários em 1967 e apoiada pelo Judiciário, polícia e poder público local incumbiu-se da organização da assistência social, capaz de afastar a mendicância do centro da cidade e de disciplinarizar as classes sociais menos favorecidas economicamente. Através da investigação das técnicas de registros, métodos de trabalho e aparelhos de verificação desta instituição, apropriada pela burguesia, há a elaboração das representações sobre as formas de disciplinarização e controle a que está submetido o pobre nesta sociedade.
Industrialização e Empobrecimento Urbano: o caso da grande Vitória, 1950-1980
Polícia no Rio de Janeiro - repressão e resistência numa cidade do século XIX
Estuda a evolução histórica da polícia no Rio de Janeiro, através de uma dialética de repressão e resistência, inserindo-a no quadro de uma transição mais geral do controle exercido tradicionalmente pelas hierarquias privadas, para o exercício moderno do poder pelas instituições públicas. Examina como o processo de interação dinâmica se manifestou ao longo do tempo, focalizando o ponto em que a repressão e a resistência se atritaram nas ruas, nas praças e nos becos da capital do Brasil. O capítulo 1 apresenta o arcabouço interpretativo e a cronologia adotada. O capítulo 2 discute os fundamentos do sistema policial no Rio de Janeiro desde o final do período colonial, quando a família real portuguesa trouxe para o Brasil as instituições do despotismo esclarecido, até a independência política e o reinado de dom Pedro I. O capítulo 3 examina de perto a seqüência de crises políticas e sociais por que passou o Rio de Janeiro, da abdicação de Dom Pedro I até o final de 1832, quando novas instituições surgidas com a crise começaram a se firmar. O capítulo 4 estuda o desenvolvimento e o funcionamento dos novos instrumentos de controle e a reação das pessoas mais diretamente afetadas durante o interregno da década de 1830. O capítulo 5 analisa a polícia novamente centralizada e o sistema judicial da década de 1840, quando a instituição ganhou ampla autoridade para manter o comportamento da população dentro de limites aceitáveis e punir os que ultrapassem-a. O capiltulo 6 examina a continuidade e a expansão das instituições de controle, marcadas por mais experimentação institucional no final do império. A conclusão retoma algumas das noções apresentadas e considera temas aflorados nos capítulos centrais.