História

Propõe uma abordagem teórica para explicar o motivo pelo qual descendentes africanos em São Paulo e Salvador adotaram estratégias diferentes de auto-representação, e sugere como essa abordagem poderá contribuir para um estudo comparativo da política dos libertos na diáspora africana. O resultado é uma importante contribuição para a historiografia da raça e a atividade política no Brasil que acaba por levantar uma série de questionamentos para estudiosos de sociedades no período pós-emancipação. Na conclusão do livro, busca contextualizar a política afro-brasileira após a abolição, focando nas historiografias de Cuba e Jamaica. A discussão da autora acerca da diáspora propicia uma questão intrigante: se a emancipação abriu novas possibilidades para a atividade política de descendentes africanos em nações específicas, poderá a abolição ser vista como uma linha divisória no padrão de uma política transnacional negra? O livro direciona-se para a formulação de uma resposta a esta indagação.

O historiador Chesnut deslocou-se até a cidade portuária de Belém para investigar o pentecostalismo. Trabalhou com crentes de várias denominações mas, no entanto, centrou sua análise em uma das maiores e mais antigas igrejas pentecostais do Brasil, a Assembléia de Deus. Argumenta que apelo histórico do pentecostalismo reside em uma dialética entre a cura pela fé pentecostal e doenças relacionadas à pobreza. Conforme o autor, estas doenças estão relacionadas às desigualdades sócio-econômicas engendradas pelo desenvolvimento do capitalismo e pela modernização. Chesnut ressalta a centralidade da cura pela fé em todas as variedades de pentecostalismo no Brasil.

Estudo político-sócio-econômico sobre São Paulo, em meados do século XIX, escrito em 1953 e publicado após a morte do autor, que não pôde dar continuidade a essa série. Apesar de predominantemente política, a obra apresenta o quadro das condições da cidade e da província à época, necessário à compreensão do rápido processo de desenvolvimento sofrido por São Paulo, a partir daí. A cidade constitui, naturalmente, o tema central da obra, quase sempre vinculado ao contexto regional e nacional. Na segunda parte, a partir do capítulo VI, o autor trata das obras encetadas pelos governos da província em relação aos serviços de iluminação e de calçamento, à educação pública e salubridade, às águas pluviais, etc. Documenta as discussões em torno da necessidade de abertura de ferrovias para o escoamento da produção e ligação entre as localidades, de linhas telegráficas, de pontes, etc. Importante, também, pela comprovação de que o café, já em meados do século passado, representava o esteio da economia na província.

Estudo que ressalta a progressiva adaptação do homem brasileiro ao meio natural. A obra foi dividida em três partes, organizadamente interligadas. A primeira apresenta traços físicos e geológicos que caracterizam a baía de Guanabara, determinando o seu aspecto. A ocupação humana, os esforços dos colonizadores em se adaptar a espaços de diferentes tipos, dominando montanhas e alagados, criando uma cidade sem aniquilar a natureza; o desenvolvimento urbano acelerado do século XIX ao século XX, sua influêcia sobre o meio rural e seu avanço econômico são aspectos abordados na segunda parte. Na terceira, analisa as características culturais da chamada civilização fluminense, destacando a sua complexidade, as principais tendências e manifestações culturais produzidas neste meio e o reflexo dos diferentes matizes étnicos sobre a cultura popular.

História das ruas e praças do Rio de Janeiro, sua populaçõa, costumes e atividades, da fundação da cidade até ao IV Centenário. O autor desenvolve a história dos logradouros a partir de um ponto de referência histórico, comumente uma praça. Há capítulos sobre as ermidas e capelas, as igrejas antigas, as procissões, os escravos, e termina com um rol de ruas e sua toponímia incostetante. Em anexo, catálogo cronológico dos governadores, capitães e vice-reis, com breves notas sobre os seus governos, bibliografia e fontes das ilustrações. Nesta segunda edição comemorativa do IV Centenário da cidade, foi acrescentado um capítulo sobre a baía de Guanabara e suas ilhas.

Fornece um conjunto de dados e informações com o objetivo de promover a compreensão da área do Morro da Conceição em sua estruturação através dos tempos e em sua inserção no espaço urbano do Rio de Janeiro. Lança mão de dados históricos para reconstituir os aspectos físicos e sociais, traça as vias de ocupação e recupera a constituição do patrimônio local.