Religiões, rituais e comemorações

Iluminando os mortos: um estudo sobre o ritual de homenagem aos mortos no Dia de Finados em Salinópolis – Pará

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Negrão, Marcus Vinícius Nascimento
Sexo
Homem
Código de Publicação (ISSN)
1981-3341
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.4000/pontourbe.6404
Título do periódico
Ponto Urbe - Revista do núcleo de antropologia urbana da USP
Volume
24
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
dia de finados
ritual
morte
cemitério
salinópolis
Resumo

A Iluminação dos Mortos, realizado no município de Salinópolis (PA) – e em alguns municípios do nordeste do Pará –, consiste em um ritual de homenagens aos mortos, que ocorre anualmente por ocasião do Dia de Finados, no dia 02 de Novembro. Neste município, há uma maneira muito particular de prestar tributo aos mortos, na qual seus túmulos, no período da noite, são iluminados com o acendimento de velas para, em sequência, ocorrer um momento de confraternização entre os familiares dos falecidos. Dessa maneira, os principais aspectos que problematizo neste trabalho dizem respeito às questões simbólicas subjacentes a este ritual de homenagens aos mortos. Assim, a iluminação dos mortos funciona como um dispositivo que aciona sociabilidades em torno da morte, reintegrando, simbolicamente, os mortos à vida social e os vivos à vida espiritual.

 

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Salinópolis
Macrorregião
Norte
Brasil
Habilitado
UF
Pará
Referência Temporal
Dia dos Finados; 02 de Novembro
Localização Eletrônica
https://journals.openedition.org/pontourbe/6404

Transformações urbanas e as memórias do rito funerário da coberta d’alma na cidade de Osório/RS

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Metz, Cristian Leandro
Sexo
Homem
Autor(es) Secundário(s)
Rocha, Ana Luiza Carvalho da
Sexo:
Mulher
Código de Publicação (ISSN)
1981-3341
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.4000/pontourbe.6284
Título do periódico
Ponto Urbe - Revista do núcleo de antropologia urbana da USP
Volume
24
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Coberta d’alma
transformações urbanas
memória
Osório/RS
Resumo

Este artigo resulta de uma pesquisa etnográfica sobre o ritual da Coberta d’Alma que velhas senhoras, que residem na cidade de Osório/RS, litoral norte do Rio Grande do Sul, praticam após a morte de um ente querido no contexto das transformações das práticas sociais vividas por elas no lugar onde moram. A Coberta d’Alma é um rito funerário de perpetuação da memória da pessoa falecida em seu meio familiar e social ainda praticado em algumas cidades da região litorânea do sul do Brasil. O estudo trata das narrativas biográficas e trajetórias sociais de nossas parceiras de pesquisa, cujas lembranças e reminiscências apontam para as metamorfoses nas formas tradicionais de enfrentamento do fenômeno morte entre os praticantes do rito.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Região
Litoral Norte
Cidade/Município
Osório
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Rio Grande do Sul
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://journals.openedition.org/pontourbe/6284

Os Giros dos Santos Reis em fotografias e desenhos etnográficos

Tipo de Material
Outros
Autor Principal
Souza, Luiz Gustavo Mendel
Sexo
Homem
Código de Publicação (ISSN)
1981-3341
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.4000/pontourbe.6857
Título do periódico
Ponto Urbe - Revista do núcleo de antropologia urbana da USP
Volume
24
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
ensaio fotográfico
Santos Reis
Santos Magos do Oriente
circuito
desenhos
Resumo

As folias são formadas por grupos de instrumentistas e cantadores que professam as boas novas aos anfitriões dos Santos Reis. São compostos por crianças, jovens e idosos de ambos os sexos que se responsabilizam em levar a bandeira dos santos Reis Magos às casas dos devotos. A prática do reisado representa a missão sagrada deixada pelos Santos Magos do Oriente, para que seus promesseiros anunciem o nascimento do menino Jesus e redistribuam as bênçãos por onde forem entoados os cantos, as chamadas profecias. O arcabouço ideológico que ampara os reiseiros é chamado de fundamento, um conjunto de narrativas míticas que não se encontra, necessariamente, na bíblia cristã. Refere-se a todo um conhecimento relativo às regras de etiquetas e códigos de conduta para orientação dos foliões nos seus engajamentos nas complexas relações de troca e reciprocidade que este empreendimento suscita. As folias de reis realizam circuitos de visitações às casas dos devotos em um período conhecido como giros ou jornadas e ocorrem nas madrugadas dos fins de semana dos dias 24 de dezembro ao dia 6 de janeiro, dia dos Santos Reis. Na Região Metropolitana estas saídas se prolongam até o dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião, santo padroeiro da cidade do Rio de Janeiro.

A proposta do ensaio fotográfico é apresentar os dados obtidos em campo e as imagens que serviram de inspiração para o desenvolvimento dos desenhos etnográficos que elaborei no corpo da minha tese de doutoramento (SOUZA 2017). Os desenhos como aparato etnográfico não visam substituir o recurso da foto, mas, assim como a produção da imagem pela máquina fotográfica, a escrita etnográfica e os desenhos são a possibilidade de o pesquisador construir um recorte de seu objeto de análise (KUSCHNIR 2016). Taussig (2011) afirma que a feitura do desenho, bem como a fotografia, tem a capacidade de retratar o recorte metafísico. Em muitos dos desenhos selecionados, ocorreu uma prática frutífera de tentar relacionar diversas imagens para a recomposição de alguma cena. Nesse enquadre, pude focar e retomar questões que no decorrer do campo passaram despercebidas. Os desenhos realizados no campo também proporcionam ao leitor minha experiência e perspectiva sobre a realização das saídas rituais da folia de reis (KUSCHNIR; GAMA 2014; KUSCHNIR 2016). A inspiração nas obras de Carybé está pautada pela possibilidade de reproduzir a simplicidade e o movimento contido nessas práticas de devoção popular.

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://journals.openedition.org/pontourbe/6857#ndlr

As Folias de Reis e suas peregrinações rituais por territórios liminares urbanos.

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Souza, Luiz Gustavo Mendel
Sexo
Homem
Código de Publicação (ISSN)
1981-3341
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.4000/pontourbe.6041
Título do periódico
Ponto Urbe - Revista do núcleo de antropologia urbana da USP
Volume
24
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
folias de reis
tráfico de drogas
peregrinações religiosas
territórios urbanos
São Gonçalo-RJ
Resumo

Em diversas regiões do Brasil, durante o período de festejos natalinos, grupos de cantores e tocadores realizam um longo circuito de visitas rituais às moradias de familiares, vizinhos e amigos, distribuindo bênçãos em troca de ofertas destinadas à realização de uma grande festa em louvor aos Reis Magos do Oriente. As peregrinações religiosas, denominadas jornadas ou giros, inspiradas nas viagens míticas dos Reis Magos, colocam em circulação uma ampla gama de bens tais como: bênçãos, graças, visitas, refeições, dinheiro, presentes, favores, cantos religiosos, trabalho, divertimento etc. Neste trabalho, propomos explorar a problemática dos deslocamentos desses foliões por territórios urbanos liminares, frequentemente hierarquizados por fronteiras materiais, morais e simbólicas. Para dar curso a estas visitas rituais, os foliões se engajam em complexas e, às vezes, tensas negociações com múltiplos agentes sociais para se movimentarem, através de suas “táticas”, neste mapa liminar e hierárquico de domínios, lugares e pessoas.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Gonçalo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://journals.openedition.org/pontourbe/6041

A Novidade Vai Além

Tipo de material
Texto na Web
Autor Principal
Soares, Michel P.
Sexo
Homem
Ano de Publicação
2013
Local da Publicação
São Paulo
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Virada Cultural
música
espaço urbano
etnografia
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Zona
Centro
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2013
Localização Eletrônica
https://journals.openedition.org/pontourbe/614

A Virada dos Bailes num só Bailão

Tipo de material
Texto na Web
Autor Principal
Araújo, Diego Corrêa de
Sexo
Homem
Ano de Publicação
2013
Local da Publicação
São Paulo
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Virada Cultural
cultura
etnografia
circuitos
mancha
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2013
Localização Eletrônica
https://journals.openedition.org/pontourbe/610

Uma Índia na Tijuca - Concepções, imaginações da Índia a partir de um centro espírita carioca

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Macedo, Felipe Brito
Sexo
Homem
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.4000/pontourbe.1814
Título do periódico
PontoUrbe
Volume
9
Ano de Publicação
2011
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
orientalismo
centro espírita
Resumo

Introdução: 

Em 1978, foi lançada a primeira edição do livro Orientalismo, de Edward Said, considerado um marco na literatura conhecida como pós-colonial. Em sua obra, Said analisa a produção de conhecimento do Ocidente sobre o Oriente como um discurso que legitima a condição hegemônica do primeiro sobre o segundo. Muito influenciado por Foucault, Said parte do pressuposto de que o produtor de determinado saber olha para determinado objeto de acordo com o contexto social que  está inserido, o que inclui as relações de poder entre aquele que conhece e aquele que é conhecido. Com isso, o autor mostra como esse discurso sobre o oriental que é criado no Ocidente é coerente  com  a  situação  colonial que por muito tempo vigorou entre esses “dois lados” do mundo. A  imagem de oriental construída pelo Ocidente é a de um ser selvagem, com pouca racionalidade,  desprovido de moral, alguém que não pode se autogovernar e, portanto, necessita de um tutor. [...]

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Tijuca
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
Século XXI
Localização Eletrônica
https://journals.openedition.org/pontourbe/1814

Identidade, representação e novos paradigmas: a Festa do Divino Espírito Santo de Piracicaba

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Camargo, Fernando Monteiro
Sexo
Homem
Código de Publicação (ISSN)
1981-3341
Código de Publicação (DOI)
10.4000/pontourbe.726
Título do periódico
Ponto Urbe
Volume
13
Ano de Publicação
2013
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
patrimônio cultural
memória
identidade
Festa do Divino Espírito Santo
Resumo

Compreender o patrimônio cultural como elemento que atua na construção das identidades locais, na representação de grupos sociais e como forma de renovação de paradigmas do mundo contemporâneo é um desafio para a antropologia. A Festa do Divino Espírito Santo de Piracicaba é um dos elementos que se inserem nesta discussão. Em Piracicaba, a Festa do Divino vem sendo constantemente reivindicada como patrimônio cultural, tanto por instâncias governamentais quanto por membros da sociedade civil. Portanto, neste estudo focalizou-se uma das manifestações culturais mais antigas de Piracicaba (SP), completando, oficialmente, 185 anos. O objetivo foi interpretar as dimensões simbólicas presentes na festa, bem como a atuação do estado como mediador do sentimento de patrimônio cultural. Para isso, foi desenvolvida uma pesquisa etnográfica da Festa do Divino Espírito Santo de Piracicaba de 2011 e consultados arquivos públicos e particulares.

Disciplina
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de Piracicaba
Cidade/Município
Piracicaba
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2011
Localização Eletrônica
https://journals.openedition.org/pontourbe/726

Devoção ao Divino Espírito Santo em Poções-Bahia: Religião, Memória e Representação Social

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Silva, Estefanni Patrícia Santos
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Mello, Janaina Cardoso de
Sexo:
Mulher
Código de Publicação (ISSN)
1981-3341
Código de Publicação (DOI)
10.4000/pontourbe.703
Título do periódico
Ponto Urbe
Volume
13
Ano de Publicação
2013
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Festa do Divino
memória
Poções
Resumo

A festa do Divino Espírito Santo em Poções, na região sudoeste da Bahia, é a mais movimentada e comovente expressão cultural da cidade. A manifestação religiosa tornou-se símbolo do município e tem como titular o Divino Espírito Santo. O artigo acompanha a trajetória das memórias do Senhor Homero Ferreira da Silva residente na Rua Dom Campelo de onde saem dois carros com crianças representando os “anjos” de pentecostes. Na Chegada das Bandeiras, na sexta-feira que antecede o domingo de pentecostes, ocorre a cavalgada dedicada ao Divino Espírito Santo. O festejo religioso cristão é organizado em um novenário com missas na igreja matriz, no ginásio de esportes e no último dia no estádio de futebol do município. A festa profana acontece paralela à cristã, antes ou após as missas, entre dez e cinco dias. A metodologia etnográfica e analítica empregada resulta de pesquisas de campo realizadas entre 2004 e 2007.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Região
Região sudoeste da Bahia
Cidade/Município
Poções
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Bahia
Referência Temporal
2004-2007
Localização Eletrônica
https://journals.openedition.org/pontourbe/703

“E a Quadrilha Toda Grita... Viva a Filha Da Chiquita!”

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Ribeiro, Milton
Sexo
Homem
Código de Publicação (ISSN)
1981-3341
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.4000/pontourbe.2646
Título do periódico
Ponto Urbe - Revista do núcleo de antropologia urbana da USP
Volume
16
Ano de Publicação
2015
Local da Publicação
Online
Idioma
Português
Palavras chave
Festa da Chiquita
LGBT
Sociabilidade
Círio de Nazaré
Belém do Pará
Resumo

A Festa da Chiquita, ou “Festa da Maria Chiquita”, como era conhecida na década de 1970, é um evento festivo organizado e direcionado à comunidade LGBT e que acontece há mais de 35 anos no centro da capital paraense. Nascida como um cortejo que agrupava a “comunidade marginal” da época, vide a classe artística – músicos, compositores, atores, artistas plásticos, fotógrafos, jornalistas –, a classe acadêmica – estudantes e professores universitários – e os “desviados” (gays, lésbicas e travestis), tinha como intenção principal reverenciar a “imagem-peregrina” de Nossa Senhora de Nazaré durante os eventos do Círio, que prestam homenagens à santa. Atualmente, além de lugar de encontro e sociabilidade LGBT também acabou se tornando um espaço de convergência de vários sujeitos da cidade, nem sempre interessados nas agendas políticas da militância LGBT, que se mantém ativa na organização da Chiquita.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Belém
Macrorregião
Norte
Brasil
Habilitado
UF
Pará
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
https://journals.openedition.org/pontourbe/2646