Habitação

Plano de Avaliação do Programa Favela-Bairro: impacto do programa nos processos sociais e espaciais da favela

Tipo de material
Relatório Técnico
Autor Principal
Faculdade de arquitetura e urbanismo. universidade federal do rio de janeiro.
Ano de Publicação
1998
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Instituição
FAU-UFRJ/FINEP/SMH-PCRJ
Página Final
274
Idioma
Português
Palavras chave
Programa Favela-Bairro
Resumo

Parte do Sistema de Avaliação do Programa Favela-Bairro, proposto e financiado pela FINEP e pela Secretaria Municipal de Habitação da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, desenvolvido por diversas equipes multidisciplinares e interinstitucionais, e realizado pelos Grupos Habitat e NEP da FAU/UFRJ, o relatório apresenta uma estrutura de avaliação para o programa de urbanização Favela-Bairro considerando aspectos arquitetônico-urbanísticos, questões de sustentabilidade e de gestão, e controle sócio-ambiental. O ponto de partida foi uma reflexão sobre a dialética entre espaço e sociedade, quando as estruturas sociais conformam os espaços - enquanto condição e meio - e, de certa forma, são condicionadas pelas estruturas espaciais enquanto referência material e simbólica. A avaliação pressupõe que a qualidade de uma intervenção urbana é definida através de uma acomodação processual, flexível, entre forma - ambiente construído e conteúdo - práticas e interrelações, considerando a complexidade das relações entre os agentes envolvidos na produção dos espaços-objetos, a superposição de territórios, e as possibilidades dinâmicas de inovações materiais e sociais. A partir das informações oficiais não foi possível identificar um único documento que caracterizasse o programa em sua totalidade, e ao longo dos trabalhos da 1ª fase não só foi verificada uma transformação do perfil do programa, como também foram observadas variações nos discursos técnicos da prefeitura. Por isso, o trabalho não se restringe à mera verificação do cumprimento dos objetivos expostos no programa, sendo igualmente feita uma investigação preliminar nas quatro favelas integrantes da 1ª fase do programa: Serrinha, Ladeira dos Funcionários/Parque São Sebastião, Morro União e Mata Machado.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Quantitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Serrinha
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Mata Machado
Logradouro
Ladeira dos Funcionários
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro

Sub-Projeto Padrões Urbanos - relatório final do plano de avaliação

Tipo de material
Relatório Técnico
Autor Principal
Escola de arquitetura e urbanismo. centro tecnolgico. universidade federal fluminense.
Ano de Publicação
1998
Local da Publicação
Niterói
Instituição
Escola de Arquitetura e Urbanismo/UFF/FINEP/Secretaria Municipal de Habitação
Idioma
Português
Palavras chave
Programa Favela-Bairro
Resumo

Parte integrante do projeto Avaliação do Programa Favela-Bairro, financiado pela FINEP, o projeto desenvolvido pela Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense, Sub-Projeto Padrões Urbanos, trabalha conceitual e empiricamente formulando indicadores de padrões urbanos observados a partir da ocupação espontânea e/ou planejada das favelas com a finalidade de avaliar os objetivos expressos pelo programa. O relatório do Sub-Projeto considera que os padrões urbanos se materializam principalmente através de elementos estruturadores do espaço - lotes, quarteirões e vias de circulação existentes e/ou propostos pelos projetos de intervenção dos escritórios de arquitetura contratados - cuja análise sistematizada constitui o principal instrumento para reconhecer os padrões urbanos presentes nas favelas. Após extensa especulação teórica sobre possíveis padrões urbanos nesses assentamentos, baseada em vivências e estudos anteriores, e pautada pelos indicadores-síntese - Limites, Acessos e Consolidação -, foram realizados estudos de caso em três das quinze favelas envolvidas na primeira etapa do Programa Favela-Bairro: Serrinha - Madureira; Três Pontes - Santa Cruz; e Prazeres/Escondidinho - Santa Teresa, com a finalidade de testar os padrões urbanos considerados, frente aos padrões existentes e propostos. Inicialmente, a pesquisa busca entender e, até certo ponto, desmistificar os enraizados conceitos da ordem urbana. A seguir, através de um sintético levantamento cronológico, tenta mostrar que o sentido da integração físico-espacial como instrumento de integração social aparece implícito nas diversas iniciativas de urbanização de favelas. Chega então ao Favela-Bairro e à sua fundamentação, traduzida em pressupostos e metas expressos no programa. Com esse quadro referencial, o trabalho procura respaldo teórico para a formulação de alguns indicadores capazes de verificar a pertinência das intervenções dentro do conceito de padrão urbano em favela.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Quantitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Serrinha
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Morro do Escondidinho
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
1995-1998

Rio's Favelas: the rural slum within the city

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Bonilla, Frank
Título do periódico
East Coast South America Series,
Volume
v.8, n.3, ago., 15p
Ano de Publicação
1961
Local da Publicação
Rio de Janeiro ^b American Universities Field Staff - Reports Service
Idioma
Inglês
Palavras chave
A Polêmica da Marginalidade
Resumo

Realizado com o apoio da American Universities Field Staff, em convênio com duas agências das Nações Unidas, é parte integrante de uma pesquisa maior com trabalho de campo em quatro países latino-americanos. Expõe alguns resultados preliminares que esclarecem a maneira pela qual os favelados vêem a sua própria situação. Apresenta, inicialmente um breve histórico do crescimento das favelas no Rio de Janeiro, destacando que os barracos correspondem à intrusão na cidade de um tipo de construção rural. Em seguida, mostra resultados de entrevistas realizadas com 200 favelados, 150 homens e 50 mulheres, distribuídos entre 20 favelas cariocas. Após informar a procedência geográfica, o nível de escolaridade e a ocupação profissional desses favelados, o artigo avalia os indicadores de sua participação e integração social, econômica e política, tanto na vida nacional quanto no interior de suas próprias comunidades.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
1961

Cidade, Habitação e Família Contemporâneas: os flats cariocas como uma nova forma de morar

Autor Principal
Sant'Anna, Maria Josefina Gabriel
Ano de Publicação
1998
Local da Publicação
São Paulo
Instituição
FAU/USP
Página Final
234
Resumo
Método e Técnica de Pesquisa
Quantitativo
Área Temática
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro

Política Habitacional no Brasil: retrospectivas e perspectivas

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Taschner, Suzana Pasternak
Título do periódico
Cadernos de Pesquisa do LAP - Revista de Estudos sobre Urbanismo, Arquitetura e Preservação,
Volume
n.21, set./out., 55p
Ano de Publicação
1997
Local da Publicação
São Paulo ^b FAU/USP
Idioma
Português
Resumo

No mínimo 7 grandes marcos históricos podem ser observados na política habitacional brasileira, sobretudo no que se refere à moradia popular. A solução habitacional durante o período escravocrata (até 1888) era a senzala; durante o 1õ período industrial (1890-1929), apareceram o cortiço e a vila operária. Em 1930, com a intensa urbanização e a migração rural-urbana, iniciou-se a intervenção pública, através dos institutos da previdência. Entre 1945 e 1964, no chamado período populista, a intervenção torna-se francamente estatal, através da Fundação da Casa Popular, percursora do complexo sistema financeiro que se seguiu, o S.F.H. Datam desta época também os primeiros programas de remoção de favelas e mocambos. Era o período de construção de Brasília. Após o golpe militar de 1964, o governo federal financia planos de construção em massa, através do Banco Nacional da Habitação. A solução construtiva paradigmática foi o grande conjunto habitacional. Depois de 1986, com a falência do BNH, a política federal torna-se confusa, clientelística e desorganizada. Há esmorecimento das intervenções federais e os poderes locais assumem, não raro, a provisão de moradia para populações de renda baixa. Nos anos 90 a população urbana alcança 80 por cento, muda a distribuição espacial da população e dos recursos econômicos. A taxa de inflação, que alcançara 2700 por cento em 1993, foi finalmente controlada, embora com alto custo social. O número de pobres e desempregados cresce nas metrópoles brasileiras. Em 1997, um novo sistema habitacional, o SFI (Sistema Financeiro Imobiliário) é anunciado. O trabalho focaliza a evolução da política e seu futuro no novo contexto mundial.

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
1831-1889

Favelas e Cortiços no Brasil: 20 anos de pesquisas e políticas

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Taschner, Suzana Pasternak
Título do periódico
Cadernos de Pesquisa do LAP - Revista de Estudos sobre Urbanismo, Arquitetura e Preservação,
Volume
n.18, mar./abr., 80p
Ano de Publicação
1997
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Comparação Favelas Rio/Belo Horizonte
Comparação Favelas Rio/São Paulo
Cortiço e Favela
História da Habitação Popular
Segregação Sócio-Espacial
Resumo

A primeira parte do artigo mostra algumas formas de habitação popular nas metrópoles brasileiras do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Brasília, indicando que, em cada uma delas, as formas de morar apresentam uma evolução específica. Observa os três tipos históricos básicos mais importantes dessas moradias: cortiços, favelas e casas precárias de periferia. Utiliza informações censitárias do IBGE, fontes bibliográficas e pesquisas pontuais, para apontar as características principais das favelas e cortiços, em especial no Rio de Janeiro e em São Paulo. Lembra que Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador já apresentavam cortiços no início do século, e que no Rio, as favelas surgem após os cortiços como forma hegemônica de moradia para as camadas populares. Em São Paulo, os loteamentos periféricos prevalecem até os anos 70, quando as favelas passam a crescer com maior vigor. Em Salvador, condições relacionadas à estrutura fundiária e migração rural-urbana fizeram da cidade o locus da primeira invasão coletiva organizada no país. Belo Horizonte e Brasília, cidades planejadas, expulsam seus pobres para a periferia: a primeira por invasões; a segunda pela construção de cidades-satélite. A segunda parte do trabalho mostra as políticas de intervenção em favelas e cortiços no Brasil, especialmente no Município de São Paulo. Identifica as políticas federais desde as primeiras intervenções em favelas cariocas nos anos 50 e a construção de grandes conjuntos habitacionais para favelados nos anos 60, até a abertura política e a crise econômica no final dos 70, que levaram o Sistema Federal de Habitação ao uso das chamadas políticas alternativas recomendadas pelo Banco Mundial e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, institucionalizando a urbanização de favelas, os programas de autoconstrução e o mutirão. O artigo observa também que, após 1986, com a falência do Banco Nacional da Habitação, as políticas federais aparecem confusas, clientelistas e desorganizadas, deixando prevalecer as políticas locais. E ao final, detalha a política da Municipalidade de São Paulo nos últimos 30 anos.

Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Rio de Janeiro
Belo Horizonte
Salvador
Brasília
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1960-1990

Taguatinga: uma história candanga

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Souza, Nair Heloisa Bicalho de
Título do periódico
Brasília: moradia e exclusão ^l Brasília^e Edu, UnB ^d 1996
Volume
pp.53-80
Ano de Publicação
1996
Local da Publicação
Brasília ^b Universidade de Brasília
Resumo

Objetiva realizar uma recuperação histórica de aspectos da urbanização de Taguatinga. Tem como eixo a discussão sobre o direito de morar como uma instâsncia de cidadania das classes populares a ser conquistada nas lutas sociais. Aborda a luta pelo direito de morar como matriz histórica nas diferentes cidades-satélites do DF, nas quais os excluídos sempre estiveram presentes com suas demandas contra o poder público. Afirma que Taguatinga já nasce com as invasões da Vila Dimas e Vila Matias, habitadas pelos sem-teto excluídos dos critérios do Serviço Social da Novacap na distribuição dos lotes urbanos. O texto percorre o intinerário histórico dos movimentos e da luta desses desvalidos, a partir de realtos e notícias veiculadas na imprensa da época e utilização da história oral. Discorre sobre a capacidade de resistência dos moradores e a conquista da legalidade, a partir da qual o direito de morar se efetiva nas melhorias dos serviços públicos e na implantação da infra-estrutura necessária a Taguatinga.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Taguatinga
Bairro/Distrito
Vila Matias
Brasil
Habilitado
UF
Distrito Federal

Comercialização de Habitações Populares em Brasília

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Doyle, Patrícia Coleta
Título do periódico
Brasília: moradia e exclusão,
Volume
pp.115-137
Ano de Publicação
1996
Local da Publicação
Brasília ^b Universidade de Brasília
Idioma
Português
Resumo

Examina o intinerário da comercialização de habitações populares em Brasília. Estuda a suposição de que tal comercialização pode se dar independente da situação jurídica do imóvel. Apoia suas análises no estudo de caso em quatro assentamentos, com três situações jurídicas diversas. Na Candangolândia, os imóveis possuíam título de propriedade (escritura em cartório); no setor M Norte de Taguatinga e na QE38 do Guará II, a posse se dava por concessão de uso, e no caso da favela do CEUB, a ocupação e posse da terra é ilegal. O trabalho de campo confirma a comercialização que ocorre em situações jurídicas distintas. O autor entende que o fato de Brasília ser uma cidade tida como planejada, na qual as sterras para a expansão urbana pertencem ao Estado, em nada contribui para um processo de distribuição eqüitativo e justo. Considera que a comercialização de moradias populares é parte de um processo contínuo de segregação e exclusão das camadas empobrecidas da população, inerente ao modelo econômico vigente no país. Afirma que a habitação como mercadoria está subjugada à lógica da produção orientada por critérios de rentabilidade capitalista, inclusive onde não há produção capitalista de moradias. Conclui que a comercialização das habitações populares ocorre independentemente da situação jurídica do imóvel.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Candangolândia
Taguatinga
Brasília
Brasil
Habilitado
UF
Distrito Federal

Habitação e Emprego: uma política habitacional de interesse social

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Gouvêa, Luiz Alberto de Campos
Título do periódico
Brasília: moradia e exclusão,
Volume
pp.231-250
Ano de Publicação
1996
Local da Publicação
Brasília ^b Universidade de Brasília
Idioma
Português
Resumo

Discute as políticas governamentais na área da habitação. Aponta para a face do apartheid social do trabalhador na capital da República. Analisa o período de 1956 a 1993, com ênfase nas políticas desenvolvidas entre os anos de 1985 a 1991. Destaca a avaliação crítica do principal projeto de assentamento desenvolvido no governo Roriz, a cidade-satélite de Samambaia. Em um segundo momento, a partir dessa análise crítica, formula uma política habitacional e de empregos para o trabalhador do DF. Procura desenvolver propostas habitacionais ligadas às de mais políticas públicas, principalmente as vinculadas as políticas de emprego. As soluções propostas pelo autor visam evitar os imensos núcleos urbanos dormitórios. Constrói um arcabouço de política habitacional na qual, paulatinamente, cada cidade satélite do DF seja cada vez mais cidade e menos satélite.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Quantitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Samambaia
Brasil
Habilitado
UF
Distrito Federal
Referência Temporal
1956-1993

Habitação: novos enfoques e perspectivas

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Stumpf, Ricardo
Título do periódico
Brasília: moradia e exclusão,
Volume
pp.27-52
Ano de Publicação
1996
Local da Publicação
Brasília ^b Universidade de Brasília
Resumo

Aborda o papel desempenhado pelo Banco Nacional da Habitação (BNH) no financiamento de habitações populares. Traça o percurso, acertos e desacertos da política habitacional pós-64. Resume as linhas de financiamento adotadas pelo extinto BNH no atendimento às famílias com renda entre um e três salários mínimos. Discute conceitos, tais como: a questão do déficit habitacional, as diretrizes para uma nova política habitacional, a produção em grande escala. Destaca o caso de Brasília, sugerindo uma estrutura para auxiliar os que estão tomando contato com a especificidade do problema habitacional. Informa quanto às soluções já tentadas e as que contribuíram positivamente para o conhecimento das questões ligadas à subabitação. Por fim, empreende um esforço para chamar a atenção para os limites atingidos anteriormente por técnicos, governantes e cidadãos, de modo a ensejar utilidade para experiências do passado.

Referência Espacial
Cidade/Município
Brasília
Rio de Janeiro
Brasil
Habilitado
UF
Distrito Federal