Estrutura social

São os migrantes tradicionais?

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Sarti, Cynthia Andersen
Sexo
Mulher
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
8
Ano de Publicação
1995
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Periferia
Migração interna
Resumo

Este artigo é resultado de uma pesquisa feita num bairro da Zona Leste da cidade de São Paulo, desenvolvida na minha Tese de Doutoramento (Sarti, 1994). 

É sabido que a significativa maio­ria da população pobre e traba­lhadora da cidade de São Paulo é migrante. Suas vidas são o resultado da urbanização e industrialização do país, a partir dos anos 50, e da intensa migração que fez parte deste processo, sobretudo nos anos 60 e 70. 

Ao contrário dos grupos étnicos que, ao chegarem no novo lugar de moradia, se estruturam em torno de uma identidade comum, construída com elementos cultu­rais que já traziam em sua bagagem, os migrantes que vivem nas periferias urba­nas são um grupo social com fronteiras imprecisas. Para os migrantes, que vieram de pontos diferentes do país, comportando muita heterogeneidade, essa identidade cria-se na periferia, lugar dos pobres na cidade, que se tom a uma referência básica comum. Quando seus problemas de adap­tação na cidade já estão relativamente assentados, os migrantes enfrentam o pro­blema de serem pobres e o sentido de sua origem, embora marque sua existência, passa a ser reelaborado, diante do fato de que o que conta agora é o que a cidade lhes oferece. Assim, os pobres constro­em seus valores buscando explicações que façam suas vidas terem sentido.

Disciplina
Referência Espacial
Zona
Zona Leste
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Anos 1990
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/534

A reinvenção de Curitiba: pluralismo étnico e imagens de primeiro mundo

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Costa, Maria Cecília Solheid da
Sexo
Mulher
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
8
Ano de Publicação
1995
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Curitiba
Identidade
Imaginário urbano
Resumo

Neste artigo pretendo indicar que, em temos recentes, o resgate das origens estrangeiras e da composição multiétnica da população local é instrumental na sedimentação da imagem que associa Curitiba a uma cidade de Primeiro Mundo. Também que a visibilidade de grupos e de tradições étnicas diferentes no contexto das celebrações dos 300 anos da cidade expressa uma ideologia oficial da harmonia mas, ao mesmo tempo, implica reconstrução da identidade de curitibano e re-elaboração da imagem de cidade-modelo.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Curitiba
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Paraná
Referência Temporal
Anos 1990
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/539

Na terra do aldeamento, na cidade, em todo o litoral - o movimento dos índios Tremembé

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Ratts, Alecsandro
Sexo
Homem
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
9
Ano de Publicação
1996
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Aldeamentos indígenas
Mobilidade humana
Migrantes
Tremembé
Resumo

Os Tremembé estão entre os gru­pos indígenas que “reapare­ceram” no cenário cearense, desde a década de 80, após mais de cem anos de propagada "extinção" oficial dos índios no Ceará. Quem fala em Tremembé, geralmente se refere à popula­ção indígena que mora em Almofala, local de um aldeamento do século XVIII e que hoje é distrito do município de Itarema, situado a 270 km de Fortaleza. Os Tremembé de Almofala e aqueles que mi­graram para Fortaleza estão retomando os vínculos de parentesco no atual contexto da luta pela terra. Esta situação permite discutir território, cidade, e visibilidade para os Tremembé.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Fortaleza
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Ceará
Referência Temporal
Anos 1990
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/547

Habitantes de rua: um caso de nomadismo urbano

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Magni, Claudia Turra
Sexo
Mulher
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
10
Ano de Publicação
1997
Local da Publicação
São Paulo
Página Inicial
34
Página Final
37
Idioma
Português
Palavras chave
nomadismo urbano
trecheiro
deslocamento urbano
mobilidade
Resumo

A ideia vigente de que a popula­ção que vive na rua é migrante, oriunda da zona rural ou de cidades do interior, buscando adaptar-se ao meio urbano, não é de todo desprovida de razão. No entanto, limita o assunto à temática do êxodo e ainda oculta uma questão mais importante: embora haja algumas  exceções, o sujeito que passa a viver na rua tem que se deslocar constan­temente por pressão ou conveniência, de modo a se adaptar às condições sócio-ecológicas do meio urbano.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Porto Alegre
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Rio Grande do Sul
Referência Temporal
Anos 1990
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/594

Trecheiros e pardais - trajetórias nômades

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Brognoli, Felipe Faria
Sexo
Homem
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.48213/travessia.i27.593
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
10
Ano de Publicação
1997
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
nomadismo
trecheiros
pardais
identidade
Resumo

Este artigo tem por base pesquisa realizada pelo autor no período de janeiro a agosto de 1994, compre­endendo três etapas: a primeira nas ruas e praças do centro de Florianópolis; a segunda, ao longo da BR 101 em bares, restaurantes e postos de gasolina, locais deparada dos trecheiros, entre os municípios de Palhoça e Biguaçu, ao sul e ao norte de Florianópolis, respecti­vamente. Por fim, a terceira etapa foi realizada na Fundação Rural de Educação e Integração em Curitiba, instituição ligada à Prefeitura Municipal daquela capi­tal, que dá assistência à população de rua.

Os termos "trecheiro" e "pardal" são pouco conhecidos por pessoas de fora dos limites da vida nômade e mesmo daqueles que têm com eles algum contato mais direto. Seu uso parece circunscrever-se, em grande medida, aos próprios andarilhos, constituindo assim uma categoria nativa. Podemos perceber uma articulação das definições acerca dos trecheiros gi­rando em torno de três eixos principais, igualmente articulados entre si: um eixo espacial, outro moral e um terceiro temporal.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Florianópolis
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Santa Catarina
Cidade/Município
Curitiba
Palhoça
Biguaçu
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Santa Catarina
Referência Temporal
Janeiro - Agosto de 1994
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/593

Um perfil dos migrantes que recorrem aos albergues da região de Sorocaba

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Aragão, Marcia Beatriz Carneiro
Sexo
Mulher
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.48213/travessia.i29.605
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
10
Ano de Publicação
1997
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
albergue
perfil social
Sorocaba
Resumo

Na literatura brasileira sobre migração, por vezes encon­tramos referências às limita­ções que as bases de dados disponíveis apresentam: os pesquisadores em geral recorrem aos censos populacionais, extra­indo destes as informações básicas através de cálculos e da análise de tabelas, o que nem sempre satisfaz a ânsia de saber um pouco mais sobre a dinâmica migratória. Por outro lado, as alternativas ao Censo, além de escassas não alcançam o universo por este contemplado: o conjunto da popu­lação brasileira. Assim, qualquer pesquisa alternativa que trate de um segmento da população migrante tem de deixar claro as limitações de seu universo, ao mesmo tem ­po em que oferece as riquezas de um mergulho mais profundo ao procurar saber quem são esses migrantes.

Um desses segmentos, de nítida impor­tância dada a sua visibilidade e persistên­cia, é formado pelos migrantes sem meios materiais que recorrem aos albergues man­tidos por entidades assistenciais e/ou pelas prefeituras. Mas essa fatia dos migrantes é ainda muito caudalosa em um país populo­so como o Brasil. O objeto da pesquisa é então novamente recortado e se originam estudos que abrangem desde um particular albergue da cidade de São Paulo, até um conjunto de albergues da região de Sorocaba, como é o caso deste artigo, que sumariza um estudo intitulado Um Retrato do Migrante da Região de So rocaba. Os níveis de abrangência são distintos nessas pesquisas, podendo-se falar em nome de uma região ou de alguns entrevistados, mas todos esses estudos podem oferecer importantes subsidios para a elaboração de políticas públicas que façam face à chama­da questão migratória.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Sorocaba
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Anos 1990
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/605

O peixe e a rede: o migrante e o albergue no discurso dos responsáveis e funcionários da AVIM

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Dornelas, Sidnei Marco
Sexo
Homem
Título do periódico
Travessia - Revista do migrante
Volume
10
Ano de Publicação
1997
Local da Publicação
São Paulo
Página Inicial
30
Página Final
45
Idioma
Português
Palavras chave
migrante
albergue
acolhimento
Associação de Voluntários pela Integração dos Migrantes
Resumo

A expressão que dá título a este artigo foi utilizada várias vezes pelo grupo de pesquisa que se formou para estudar as práticas institucionais de acolhimento de migrantes na cidade de São Paulo. No início ela parecia sintetizar uma hesitação do grupo de pesquisa entre colocar o seu foco de interesse no migrante que estava sendo “acolhido” ou na instituição que se pre­tendia ‘ ‘acolher’ ’ os migrantes. Aos pou­cos percebeu-se que a expressão, na verda­de, revelava muito mais sobre a complexi­dade do objeto de análise. Percebeu-se que não se podería estudar o migrante sem levar em consideração o modo como a instituição o representava concretamente, o atendia e julgava a sua situação; como também o modo pelo qual ela se rerpesentava a si mesma, no seu papel de acolher migrantes e na sua estruturação como instituição.

Algumas interrogações que orientam este pequeno trabalho são: Que “peixe”/migrante é este que se encontra nas malhas desta ‘‘rede"/instituição (se tanto é que ele seja realmente um “migrante”)? Como se realiza o atendimento dentro desta insti­tuição? Como cada agente vê a sua atuação dentro e fora da instituição? Que significa­do ela reveste? Como se constituem as relações que dão existência a esta institui­ção, na qual ela se insere e se deixa refletir ou confrontar? Como, desta forma, ela ensaia uma definição de si própria?

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Anos 1980-1990
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/608

Migrantes ou carentes? A trajetória da Associação de Voluntários pela Integração dos Migrantes-AVIM

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Cutti, Dirceu
Sexo
Homem
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.48213/travessia.i29.607
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
10
Ano de Publicação
1997
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
migrantes
albergue
acolhimento
Associação de Voluntários pela Integração dos Migrantes
Resumo

Este artigo, partindo de uma contextualização histórica das práticas institucionais de acolhimento de migrantes na cidade de São Paulo, objetiva detectar até que ponto a especificidade migratória se constituiu em elemento fundante do trabalho desenvolvido pela AVIM-Associação de Voluntários pela Integração dos Migrantes, durante o período de 1985 a 1996.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1985-1996
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/607

A memória da casa e a memória dos outros

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Gonçalves Filho, José Moura
Sexo
Homem
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
11
Ano de Publicação
1999
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Migração
Memórias
Favela
Centros de Juventude
Resumo

Há quatro Centros de Juventude (CJ) em Vila Joanisa, pequeno bairro afastado para a periferia sul de São Paulo. Mantiveram os nomes das comunidades a que estão vinculados: São Carlos, São João, São Francisco e Santa Rita. Sem contar sá­bados e domingos, as crianças são neles recebidas todos os dias da semana, pela manhã ou pela tarde, antes ou depois da escola. Todo dia há almoço e um pequeno lanche: muitas crianças só nestas refeições têm o que comer; outras, bastam-se com isso para que o alimento de casa fique para o resto da família.

A ocupação da Vila Joanisa foi sobre­tudo conduzida por famílias de migrantes, gente saída das Minas Gerais ou interioranos paulistas. A avenida Yervant Kissaijikian, balizada pelas paradas de ônibus, corta todo o bairro até Diadema. Forma um eixo predominantemente comer­cial, amontoando pequenas lojas, merca­do, açougue, padaria e ramificando-se por ruas bastante íngremes. Dois bolsões de barracos vão logo se expor às margens da Yervant. Se prosseguimos pelas ruas à es­querda (rumo à comunidade São João Ba­tista) ou à direita (rumo à comunidade São Francisco), pelo menos mais uma favela vai se impor de cada lado.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Vila Joaniza
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
Anos 1990
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/623

Reconstruindo o passado - Memórias migrantes da Zona Norte de Natal

Tipo de Material
Outros
Autor Principal
Cavignac, Julie A.,
Sexo
Mulher
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
11
Ano de Publicação
1999
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Migração
Memórias
Resumo

Hoje, as consequências da passagem rápida do rural ao urbano no Brasil mo­derno começam a ser apontadas. Fato econômico e histórico determinante na configuração atual do país, esta mutação aparece na realidade bastan­te complexa e tem consequências sociais e culturais determinantes. Por isso, uma pes­quisa sobre as produções narrativas de migrantes morando numa zona periférica da capital do Rio Grande do Norte (a Zona Norte de Natal), propõe avaliar a transformação de uma cultura dita tradicional (a dos habitantes do interior) num contex­to urbano.

Isso se torna possível ao avali­ar-se a importância das mudanças na com­posição do corpus narrativo: memorização ou esquecimento das estórias da “tradição”, criações poéticas, sumiço dos folhetos de cordel, etc. Da mesma forma, através do relato das suas vidas, é possível perceber as transformações ocorridas na vida coti­diana dos novos moradores da cidade e dos migrantes mais antigos da Zona Norte. Afinal, é a ocasião de propor uma leitura cruzada dos textos orais e escritos da rea­lidade dos migrantes, dos seus discursos e das suas narrativas, sublinhando a impor­tância do corpus narrativo da elaboração de uma identidade e, através desta, mos­trar uma apropriação da história do lugar de migração e do espaço. Mas antes de analisar as narrativas e as histórias de vida, é preciso conhecer o contexto geral das migrações bem como lembrar as linhas gerais da história do lo­cal.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Zona
Zona Norte
Cidade/Município
Natal
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio Grande do Norte
Referência Temporal
N/A
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/627