Demografia

Segundo o autor, o projeto megacidades vincula-se de maneira bastante significativa à temática da Eco Urb's 92. Os pontos de contato relacionam-se com as idéias de intercâmbio de experiência e seletividade urbana; seletividade que representa a condição de integração no contexto de competitividade de escala mundial. Esta pode ser analisada pelo lado da tecnologia, que define a posição hierárquica da cidade no sistema de cidades (globais), gerando um processo de centralização das funções de controle e de gestão da economia mundial. Seletividade que pode ser vista também a partir do vertente ambiental, caracterizando uma positividade verde.

Estuda, a partir de abordagem demográfica, a cidade de Cubatão. Essa cidade é mundialmente conhecida pelo caos ambiental, resultado da implantação do pólo petroquímico. Ao cruzar um conjunto complexo de dados relativos ao meio ambiente, à saúde, ao modo de ocupação do espaço, entre os mais importantes, o autor indica que a análise da população de migrantes pendulares mostrou que os milhares de empregos bem pagos criados pela rápida industrialização foram ocupados por homens que evitam se estabelecer em Cubatão. Além disto, mostra que a população local está em desvantagem sócio-econômica em todos os indicadores, o que para o autor significa que eram poucos para serem mobilizados em favor do meio ambiente.

Desenvolve algumas considerações sobre o desempenho da economia da Região Sul e seus reflexos sobre a evolução demográfica e os padrões de vida da população local. Aborda ainda as perspectivas da economia da região para o futuro próximo.

Procura delinear alguns conceitos com os quais se pode entender a inter-relação população, meio ambiente e desenvolvimento. Discute questões como desenvolvimento sustentável, desenvolvimento e capacidade de suporte e meio ambiente e crescimento populacional. Enfatiza a noção de capacidade de suporte. Rejeita formulações mais simplistas dessa noção, que reduzem o problema à pressão populacional quantitativa sobre os recursos naturais. Para ser útil aos estudos demográficos que levam em conta as perspectivas ambientais, propõe que o conceito deve ser empregado em unidades mais desagregadas da pesquisa. Mostra que a perspectiva do meio ambiente trouxe uma nova dimensão aos estudos dos recursos naturais, que passam a ser conhecidos como mais do que um simples ponto de partida na equação do desenvolvimento. Conclui afirmando que a grande base de recursos, as taxas declinantes de fecundidade e a densidade relativamente baixa apontam para a possibilidade de conciliar desenvolvimento e preservação de recursos naturais. Porém, isso depende de compromissos financeiros, mudança institucional e, acima de tudo, uma reorientação dos objetivos de desenvolvimento.

Apresenta um panorama da dinâmica demográfica brasileira nas décadas recentes, antecipando a tendência de que teria ocorrido na década de 80, assim como aponta as perspectivas de evolução populacional até os decênios iniciais do próximo século. Especial ênfase é dada à distribuição espacial da população brasileira. Avalia que as conseqüências, diretas e indiretas, da queda da fecundidade poderão ter importantes repercussões sobre a localização futura da população intra-regional e estadual, mas, provavelmente, não modificarão o panorama de sua distribuição entre as regiões e as condições de domicílio.

Tomando como base os dados preliminares do Censo Demográfico de 1991, que confirmou a rápida desaceleração no crescimento demográfico em todo o Brasil, examina o novo padrão demográfico do Estado de São Paulo, considerando-o como resultante de um jogo de fatores componentes da dinâmica populacional: fecundidade, mortalidade e migração. A partir da constatação desse novo padrão demográfico, procura delinear um possível perfil populacional paulista para os próximos vinte anos, através da elaboração de hipóteses sobre o comportamento futuro dos componentes responsáveis pelo seu crescimento.

Objetiva demonstrar que o crescimento urbano na América Latina difere dos padrões históricos passados não apenas em termos de ritmo e dimensão, mas também em termos de dinâmicas de crescimento e componentes. Ilustra esse tema através do exemplo do Rio de Janeiro. Argumenta que, naquela cidade, a contribuição relativa da rede de migração para o crecimento populacional tem diminuido ao longo dos anos. Concomitantemente, a proporção relativa ao crescimento natural tem aumentado. Afirma que a simples dicotomia entre crescimento urbano, negligencia um importante segmento da contribuição oferecida pelo total de migrantes, ou seja, o crescimento natural da própria população migrante. Para se avaliar esse fator, o crescimento natural total foi redistribuído entre migrantes e nativos. Este exercício revelou que a efetiva contribuição total da população migrante é, na verdade, consideravelmente maior do que originalmente se acreditava.

.O artigo apresenta o resultado analítico de um projeto de pesquisa sobre natalidade e formas contraceptivas, desenvolvido em comunidades de baixa-renda no Rio de Janeiro, e realizado durante o mês de fevereiro de 1982, quando 4.800 mulheres entre 15 e 44 anos foram entrevistadas sobre planejamento familiar e uso de formas contraceptivas.