Psicologia
A Creche e a Construção Social da Infância
Cotidiano Prisional - teias de aranhas e suas artimanhas
A Morte das Ruas: estudo das relações entre público e privado nos condomínios exclusivos
Trajetórias Juvenis: alguns projetos e muitas histórias
Transmissão Psíquica: metamorfoses teórico-clínicas de um campo em movimento
A Psicologia e os Movimentos Sociais; um olhar através dos trabalhos comunitários
Famílias e Violência: reflexões sobre as mães de Acari
Na década de 90 ganharam uma certa amplitude notícias que retratavam mulheres, especialmente mães, nas praças e ruas reivindicando justiça. O que uniria essas mulheres seria a maternidade e a violência que as tinham separado de seus filhos, mortos ou seqüestrados. Acredito que o fato de participar de movimento tem levado as mulheres a redefinições e transformações em sua identidade de gênero, bem como tem possibilitado construir para a maternidade outras dimensões. Assim, a noção de experiência tornou-se central em meu estudo. Foi desse modo que pude perceber a construção de uma nova representação para a figura materna. Primeiro, a partir de jornais, depois, ao entrevistar essas mães. Minha análise se voltou para o protagonismo político da mulher das classes trabalhadoras a partir do lugar que tradicionalmente ocupam na família e que, em princípio,, seria destituído de uma dimensão política. Dessa forma, este escrito visa resgatar a partir das falas e das imagens destacadas por essas mulheres, o modo como a violência é sentida ao se tornar parte de suas vidas. Utilizei, para tanto, as entrevistas e os recortes de jornais por elas mesmas selecionados para fazer parte de seus álbuns de recordação. A imagem de mulheres na luta, de mães em luta foi de onde parti; e busco, nesse texto, problematizar os impactos e contradições, as continuidades e rupturas, que essa representação traz em seu bojo.
A História dos Rostos Esquecidos: a violência no olhar sobre os moradores de favelas cariocas
Pobreza, Violência e Trabalho: a produção de sentidos de meninos e meninas de uma favela
Este artigo se propõe a discutir os sentidos que são produzidos em relação à pobreza, à violência e ao trabalho. Considerando as condições sociais, econômicas, culturais e políticas de exclusão de onde vierem, procurou-se compreender como os sentidos produzidos interpelam meninos e meninas na construção das identidades de gênero, raça, classe social e sexo, nos espaços da casa, da rua, da escola e da comunidade. Para isso, foram realizados 6 grupos de discussão e 16 entrevistas individuais com meninos e meninas, entre 15 e 18 anos,de uma 5ª e uma 8ª do Ensino Fundamental de uma escola municipal da Zona leste de Porto Alegre, de uma comunidade carente. A análise e compreensão desses sentidos foram construídos a partir dos pressupostos teóricos e metodológicos da Produção de Sentidos, dentro do paradigma do Construcionosmo Social. A pobreza produz um sofrimento e, esses são aspectos que fazem parte da vida desses jovens. A violência é tratada com uma certa naturalidade, mas ao mesmo tempo com uma preocupação, além de ser localizada geograficamente. Já trabalho é usado como critério para identificar e caracterizar quem mora na favela, especificando, os que trabalham como pessoas honestas, e os que não trabalham como marginais ou bandidos.