Psicologia

Este texto consiste em um breve relato de uma pesquisa realizada em duas instituições que abrigam crianças de baixo nível sócio-econômico. Uma das instituições é um internato, onde a maioria das crianças não tem qualquer contato com suas famílias, e a outra é um semi-internato, onde as crianças permanecem durante o dia para depois retornar ao lar. A pesquisa teve como objetivo fazer uma especulação sobre privação materna nos dois tipos de instituição. Em cada instituição foram observadas duas turmas de crianças na faixa etária de quatro a cinco anos, levando-se em conta, primordialmente, os seguintes aspectos do desenvolvimento infantil: o desenvolvimento motor, físico e intelectual, hábitos higiênicos e alimentares, atividade lúdica e linguagem. A partir da discussão dos resultados observados nas duas instituições, concluiu-se que, apesar da precariedade do trabalho desenvolvido no semi-internato, as crianças que o frequentavam mostravam ter um desenvolvimento condizente com suas idades. Ao passo que as crianças do internato mostravam acentuado atraso em seu desenvolvimento, particularmente no que se refere à linguagem e à atividade lúdica.

Este texto discute as diversas concepções dos espaços da rua e das comunidades,buscando dar visibilidade às diferentes relações que se forjam nestes. Na primeira parte procuro discutir o conceito de comunidade, tão explorado e tão pouco discutido nos dias atuais, visando produzir breves análises, a partir de referenciais clássicos e contemporâneos, sobre as diferentes formas de apropriação pelas quais têm passado. Em um segundo momento o texto busca estabelecer diálogos com autores que têm trabalhado as relações que se estabelecem no e a partir do espaço da rua, com foco nas comunidades abordadas no capítulo inicial, utilizando elementos da arquitetura e urbanismo em nossas análises. Acreditamos ser este um tema importante para aqueles que trabalham na busca de alternativas para o desenvolvimento de crianças e jovens no espaço urbano.