Normalmente, a discussão entre futebol e política nas ciências sociais aparece encurralada por duas barreiras: de um lado, por um marxismo ortodoxo que vê no esporte uma forma de alienação social; de outro, por uma certa tradição de investigação sociológica que atribui ao campo um afastamento de práticas que supostamente seriam de maior interesse. A Teoria Crítica do Esporte, alcunha do movimento surgido na escola de Frankfurt em meados dos anos 1960, confere a tais práticas tendências similares à esfera do trabalho - tais como o rendimento, a burocratização e a racionalização – e pressupostos caros ao imaginário burguês – eficiência, ascensão social, individualismo -, dinâmicas que serviriam de pastiche para o aparelho ideológico do Estado (VAZ, 2006). Além dos obstáculos infligidos pelos preceitos marxistas, como se num exercício de soma zero, um catálogo de pesquisas mais afeito aos aspectos “sérios" e "racionais" da vida terminou por distanciar as emoções, o divertimento, o prazer e as demais atividades sem valor econômico do escopo de pesquisa (ELIAS & DUNNING, 1995).
O futebol como fator de mobilização: a identificação clubística e o engajamento político-eleitoral
Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Silva, Thiago Moreira da
Sexo
Homem
Título do periódico
Esporte e Sociedade
Volume
26
Ano de Publicação
2015
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Idioma
Português
Palavras chave
Pertencimento clubístico
Engajamento político
Eleições
Futebol
Política
Resumo
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Área Temática
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
1980-2012
Localização Eletrônica
https://periodicos.uff.br/esportesociedade/article/view/48458