Este artigo trata da apropriação do discurso da preservação ambiental para a retomada da discussão sobre remoções de favelas no Rio de Janeiro que haviam sido rechaçadas no processo de redemocratização do país. Depois da favela como foco de epidemias e antro de marginais, a mais nova representação social que vem sendo construída apresenta-a como fator de degradação ambiental. Auxiliada pelo saber técnico-científico que demonstra empiricamente os danos ao meio ambiente causados pelas ocupações irregulares, observa-se a constituição de um movimento conservador que busca pressionar os poderes públicos a reprimi-las, sobretudo nas áreas mais valorizadas da cidade. O presente trabalho se propõe a evidenciar a estratégia discursiva dos principais protagonistas deste movimento, a partir da análise de uma campanha promovida, no ano de 2005, por um importante jornal local, intitulada “Ilegal. E daí?”, e que teve como consequência uma ação movida pelo Ministério Público Estadual solicitando à Prefeitura a remoção de 13 áreas favelizadas.
A cidade contra a favela: a nova ameaça ambiental
Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Compans, Rosa
Sexo
Mulher
Código de Publicação (ISSN)
1517-4115
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.22296/2317-1529.2007v9n1p83
Título do periódico
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais
Volume
v. 9 n. 1
Ano de Publicação
2007
Local da Publicação
Revista Online
Página Inicial
83
Página Final
99
Idioma
Português
Palavras chave
Remoção de favela
Ocupação irregular
Degradação ambiental
Resumo
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Área Temática
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
2005
Localização Eletrônica
https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/172