Esta dissertação centra-se no legado de Militão Augusto de Azevedo (1837-1905) com o objetivo de desvendar as diferentes maneiras que tal fotógrafo representou o processo de modernização ocorrido nas últimas décadas do século XIX no Brasil e, especialmente, em São Paulo. Tomando a especificidade de sua profissão, buscou-se apresentar a maneira com que uma rede de relações sociais foi tecida em torno desta personagem. Estes vínculos permitem notar qual foi o lugar angariado por Militão naquela sociedade; tal posição marcaria de modo perene as percepções do fotógrafo acerca dos processos de mudança que vivenciou. A análise dos documentos de Militão, particularmente suas fotografias e cartas, configura uma polissemia de significados a respeito das transformações ocorridas na cidade de São Paulo a partir da década de 1860, e na política brasileira, após a Proclamação da República. Desta forma, as observações da personagem a respeito de seu mundo em mudança asseveram que, menos do que coladas ao progresso, as representações do fotógrafo formam um amálgama de temporalidades desencontradas, que se imbricam e se tensionam.
Versões do "progresso": a modernização como tema e problema do fotógrafo Militão Augusto de Azevedo (1862-1902)
Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Araujo, Iris Morais
Sexo
Mulher
Orientador
Schwarcz, Lilia Katri Moritz
Ano de Publicação
2006
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Antropologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Fotografia
Militão Augusto de Azevedo
Monarquia e República
Progresso
São Paulo
Resumo
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Área Temática
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1860-1900
Localização Eletrônica
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-21072011-091537/pt-br.php