Shopping Centers: expressão arquitetônica da cultura capitalista do consumo

A tese resultou de uma pesquisa teórica conjugada a uma pesquisa de campo, tendo como objeto de estudo diversos shopping centers brasileiros e norte-americanos, tomando para análise mais detalhada o Shopping Iguatemi. Nestes shopping centers destaquei as principais características dos seus respectivos espaços arquitetônicos, dentro das modalidades q que pertenciam, definidoras do perfil da arquitetura dos shopping centers brasileiros ao longo dos seus quase 32 anos de existência. Inicialmente, para contextualizar o assunto, foi feita uma abordagem histórica, situando os shopping centers com as transformações ocorridas na configuração das áreas comerciais varejistas, no perfil demográfico e na economia do país. Abordo a questão do desenvolvimento da arquitetura dos shopping centers brasileiros com destaque para: Surgimento, Desenvolvimento e Manutenção assimilaram a dinâmica evolutiva da estrutura varejista, por sua vez, influenciada principalmente para os fatores sociais, econômicos, tecnológicos, culturais e urbanos. Recorri a diversos estudos com diferentes perspectivas de análise, nas disciplinas: economia, urbanismo, psicologia ambiental, psicologia social, entre outras. Parto a seguir para a análise do espaço arquitetônico dos shopping centers em questão, verificando as suas formas de composição e a maneira pela qual os usuários vivenciam, incorporando no seu comportamento, os valores da cultura capitalista do consumo, massificada mentalizada, expressos nesta arquitetura. O enfoque central desta pesquisa é a linguagem comunicativa do sistema visual ambiental dos Shopping Centers, destacando os seus principais aspectos característicos, identificando os elementos visuais que compõem os seus respectivos espaços arquitetônicos e refletindo sobre a forma como estes se organizam para constituírem-se numa mensagem que visa induzir um comportamento com determinados padrões de consumo.