O presente estudo teve por objetivo compreender a produção espacial da cidade de Maringá, a partir da centralidade criada pelos shoppings atacadistas de confecções. Os (re)arranjos espaciais relacionados aos empreendimentos passaram a se desenvolver a partir dos agentes sociais produtores do espaço urbano, dos quais utilizou-se no referencial teórico-metodológico, como categorias de análise: o Estado, o Promotor Imobiliário e o Industrial-lojista, para se compreender a dinâmica da (re)organização do espaço geográfico que originou uma centralidade. No referencial empírico, ocorreram várias visitas “in loco” aos shopping centers atacadistas de confecções, onde foram realizadas entrevistas e/ou questionários com os industriais-lojistas, compristas, guias, ministradores e com outros profissionais ligados ao histórico da evolução destes empreendimentos, buscando entender as estratégias e ações de cada agente no desenvolvimento dos shoppings estudados, da cidade e da região polarizada por estes. No referencial técnico, foram utilizados fotoaéreas, imagens de satélite e fotografias, bem como se elaborou mapas, tabelas e gráficos, com a finalidade de facilitar o tratamento de dados e permitir uma melhor visualização dos resultados. A sistematização do estudo voltado a centralidade criada pelos shoppings atacadistas de confecções de Maringá foi possível a partir de um diálogo interdisciplinar da Geografia Urbana e Econômica com as Geografias Regional, Populacional, Cultural e as demais disciplinas geográficas e científicas. O setor atacadista de confecções de Maringá desenvolveu-se a partir do processo de desconcentração industrial da metrópole de São Paulo, através da terceirização da produção ou de parte da mesma, além do surgimento de diversas pequenas indústrias de iniciativa local e regional, propiciada pela experiência acumulada tanto na produção quanto no comércio destes produtos. A capitalização desses industriais levou a uma tendência de verticalização econômica, no qual grande parte passou a atuar no setor de comércio, sobretudo no comércio atacadista de confecções. Ao buscar maior acessibilidade, tais comerciantes se reuniram em shoppings atacadistas de confecções: Vest Sul, Mercosul e Avenida Fashion, dando origem a uma nova centralidade urbana, na PR 317, entre os km 1 e 6, que tornou-se um dos principais pólos atacadistas do setor no Brasil, recebendo a maior parte dos guias e compristas das regiões Sul e Sudeste, além de uma.significativa parcela oriunda do Centro-Oeste do país. Essa centralidade expressa pelos fluxos de capitais, pessoas e mercadorias, tem uma relevante participação na economia municipal, representando em 2006 mais de 70% do setor atacadista de Maringá e, no total da indústria e do comércio do vestuário, empregava quase quarenta mil pessoas diretamente e contava com, aproximadamente, mil e duzentas empresas.
Os shopping centers atacadistas de Maringá: a lógica de uma centralidade criada pela indústria e comércio de confecções.
Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Asalin, Gilmar Aparecido
Sexo
Homem
Orientador
Cesar Miranda Mendes
Ano de Publicação
2008
Local da Publicação
Maringá
Programa
Geografia
Instituição
UEM
Página Inicial
1
Página Final
124
Idioma
Português
Palavras chave
espaço urbano
shoppings atacadistas
Resumo
Disciplina
Área Temática
Referência Espacial
Cidade/Município
Maringá
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Paraná
Referência Temporal
século XXI