Ocupações por moradia em São Paulo: a dicotomia centro-periferia

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Schiavi, Iara Franco
Sexo
Mulher
Orientador
Schincariol, Vitor Eduardo
Ano de Publicação
2018
Programa
Ciências humanas e sociais
Instituição
UFABC
Idioma
Português
Palavras chave
Ocupações por moradia
Habitação
Urbanização
Município de São Paulo
Centro-periferia
Resumo

A presente dissertação propõe-se a realizar uma análise comparativa entre duas ocupações de moradia, a Ocupação Mauá (MMLJ), na região central da cidade de São Paulo, e a Caguassú Leste (MSTC), na periferia do município, com o objetivo de compreender as principais diferenças entre elas, semelhança principalmente quanto ao perfil socioeconômico dos moradores e sua inserção na cidade. Para tal realizar-se-á, inicialmente, um resgate teórico-histórico das formas de habitação popular em São Paulo, assim como a interpretação desse processo à luz da urbanização ocorrida tipicamente nos países periféricos, em suas características próprias, como a acumulação primitiva nas cidades. Posteriormente serão apresentadas as características específicas das duas ocupações pesquisadas e dos movimentos responsáveis, considerando as diferenças estruturas que agem sobre elas. Para atender ao objetivo estipulado foram aplicados questionários socioeconômicos que permitiram identificar as principais características dos moradores, assim como as trajetórias de vida que os levaram até a ocupação por moradia, identificando recorrências, padrões e diferenciais de acordo com a localização. A pesquisa utilizou também dados oficiais disponíveis relevantes, fornecidos por documentos oficiais, órgãos de estatística e outros, bem como meios de comunicação e literatura especializada. Esperava-se, com essa pesquisa, identificar se as ocupações urbanas consistiam em uma estratégia de luta e resistência, mas também em um meio de aprofundar a espoliação urbana e também de conhecer se o centro, devido às facilidades referentes à acessibilidade, possibilitava uma maior segurança financeira aos moradores. Concluímos que a ocupação central possui vantagens relativas ao acesso e segurança da renda familiar, melhor acesso aos equipamentos e serviços públicos, ainda que os moradores não sejam totalmente integrados à região e que a escolaridade formal é maior. Ainda assim, observamos que os moradores da ocupação periférica têm maior apego à região em que moram, fruto da construção de um identidade territorial positiva.

Referência Espacial
Localidade
Ocupação Mauá (MMLJ)
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Cidade/Município
São Paulo
Localidade
Caguassú Leste (MSTC)
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
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