O objeto da presente tese é a apropriação política do crack, enquanto um problema social, efetuada pelos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. Analiso como o campo político, inclusive as disputas partidárias mais proeminentes de São Paulo (entre PT e PSDB), serve-se, através dos programas "De Braços Abertos" e "Recomeço", de uma mesma narrativa estruturada no campo jornalístico. Para demonstrar essa influência, investiguei a partir do software IRAMUTEQ e a construção de classes discursivas o problema crack e o "usuário de crack" do ano de 1990 (primeira abordagem jornalística) até 2016 (o desaparecimento do elemento de tensão com o fim da gestão Fernando Haddad - PT). A hipótese é de que os predicados jornalísticos atribuídos ao crack indicam questões mais profundas do que a própria substância química e o seu uso. Concluo que as políticas públicas para lidar com o crack nasceram, foram conformadas e, por fim, alteradas a partir da relação com as abordagens e os discursos presentes na narrativa jornalística.
O Crack que o Brasil conhece: do discurso jornalístico à disputa política
Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Rodrigues, Igor de Souza
Sexo
Homem
Orientador
Fernandes, Dmitri Cerboncini
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
Juiz de Fora
Programa
Ciências Sociais
Instituição
UFJF
Idioma
Português
Palavras chave
Crack
Cracolândia
Imprensa
De Braços Abertos
Re-Começo
Resumo
Disciplina
Área Temática
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1990-2016
Localização Eletrônica
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