Arriscou-se, como hipótese primeira, que algumas formas que empobrecem a urbanidade podem partir da própria vontade de tornar a cidade legível nos seus significados físicos espaciais, pragmáticos e semânticos. São signos que projetados a princípio procuram a melhoria das cidades mas que, com outras leituras e mecanismos, adquirem um potencial que vai enfraquecendo a condição urbana - daí a idéia de rapto do direito à cidade. Esta pesquisa identifica alguns destes mecanismos e procura decifrar algumas destas leituras. Nota-se na história da modernidade urbana da cidade de São Paulo a manifestação de planos e do planejamento que caracterizam o rapto: industrialização acelerada e a necessidade de deslocamentos; metropolização; funcionalização e setorização espacial de atividades; alguns modos de usufruir de lugares simbólicos. A partir desta empiricização foi possível, como resultado, generalizar o conceito de rapto como categoria de análise epistemológica da modernidade espacial. A metodologia utilizada percorre fontes iconográficas de instituições de pesquisa e levantamento fotográfico do autor, contribuindo para a História da Imagem Urbana de São Paulo; pode-se constituir, desta forma, uma visibilidade de lugares processados pelo "olhar" de fotógrafos, artistas plásticos, cineastas, pesquisadores, críticos literários que os "recortaram" com um desejo de significado e interlocução.
Modernidade e Imagem Urbana: raptos de cidade na metrópole
Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Tricário, Luciano Torres
Sexo
Homem
Orientador
Ferrara, Lucrécia D'Aléssio
Ano de Publicação
2004
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Estruturas Ambientais Urbanas
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
direito à cidade
segregação
linguagem simbólica
significados
representação
Resumo
Disciplina
Área Temática
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
(N/I)