Governo de mortes: uma etnografia da gestão de populações de favelas no RJ

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Farias, Juliana de Melo
Sexo
Mulher
Orientador
Machado da Silva, Luiz Antonio
Ano de Publicação
2014
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Sociologia e Antropologia
Instituição
UERJ
Idioma
Português
Palavras chave
Execução sumária
Favela
Violência institucional
Militarização
Resumo

Esta tese é construída a partir do interesse em compreender determinadas angulações da engrenagem governamental de gestão das mortes dos moradores de favelas no Rio de Janeiro. O momento da efetuação do disparo da arma de fogo que atinge o morador de favela demarca a produção de um recorte analítico do processo de gestão dessas mortes, considerando papéis e registros oficiais, sendo o laudo cadavérico acionado enquanto documento a partir do qual são exploradas outras movimentações (burocráticas ou não) que compõem o inquérito policial e o processo judicial de casos de homicídio ocorridos durante intervenções militares em favelas. As formas como chefes e agentes de Estado se referem a essas mortes em declarações públicas, assim como as repercussões sobre o enquadramento dessas mortes por entre diferentes instâncias estatais, referenciam o quadro político enfocado na tese, cuja elaboração decorre de um trabalho de campo pautado pela agenda dos familiares de vítimas de violência institucional. Trata-se do resultado de uma experiência de pesquisa junto a coletivos políticos protagonizados por esses familiares, entendendo seus enfrentamentos, demandas, dores e conquistas enquanto orientação primeira para a conformação do olhar sobre forças de estado que produzem legitimidade e legalidade para mortes completamente ilegítimas. Palavras-chave: Esta tese é construída a partir do interesse em compreender determinadas angulações da engrenagem governamental de gestão das mortes dos moradores de favelas no Rio de Janeiro. O momento da efetuação do disparo da arma de fogo que atinge o morador de favela demarca a produção de um recorte analítico do processo de gestão dessas mortes, considerando papéis e registros oficiais – sendo o laudo cadavérico acionado enquanto documento a partir do qual são exploradas outras movimentações (burocráticas ou não) que compõem o inquérito policial e o processo judicial de casos de homicídio ocorridos durante intervenções militares em favelas. As formas como chefes e agentes de Estado se referem a essas mortes em declarações públicas, assim como as repercussões sobre o enquadramento dessas mortes por entre diferentes instâncias estatais, referenciam o quadro político enfocado na tese – cuja elaboração decorre de um trabalho de campo pautado pela agenda dos familiares de vítimas de violência institucional. Trata-se do resultado de uma experiência de pesquisa junto a coletivos políticos protagonizados por esses familiares, entendendo seus enfrentamentos, demandas, dores e conquistas enquanto orientação primeira para a conformação do olhar sobre forças de estado que produzem legitimidade e legalidade para mortes completamente ilegítimas.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
2006-2014
Localização Eletrônica
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=550170