Eles têm asas e querem voar: a experiência urbana dos dragões de caio fernando abreu

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Torres Filho, José Humberto
Sexo
Homem
Orientador
Gens, Rosa Maria de Carvalho
Ano de Publicação
2011
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Letras Vernáculas
Instituição
UFRJ
Idioma
Português
Palavras chave
Caio Fernando de Abreu
anos 80
campo
cidade
contracultura
Resumo

O presente estudo tem por objetivo oferecer uma leitura da obra Os dragões não conhecem o paraíso, de Caio Fernando Abreu, assumindo como fio condutor a experiência do homem habitante da metrópole. A visão crítica do autor concentra-se numa modernização que desvaloriza as relações humanas, subjuga a sensibilidade e a memória e sentencia à apatia os jovens dos anos 80. A percepção do espaço urbano revela-se comprometida pela construção arquitetural aparentemente sem limites e pelo acúmulo de imagens. A cidade de São Paulo, no fim do século XX, serve de cenário para as narrativas, embora o ambiente externo seja minimamente referido. Cinza e solitária, ela surge repetidamente contraposta a uma luminosidade que se ensaia enquanto desejo de transformação dessa realidade. A herança contracultural do autor o posiciona em direta oposição a essa sociedade uniformizadora e racionalizante. O campo, associado à natureza e à infância, funciona como espaço da memória, remetendo a valores de uma sociedade pré-capitalista.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
década de 1980