O trabalho investiga as transformações nas formas de representação da cidade contemporânea, de sua paisagem arquitetônica e de seus espaços públicos, e como elas se relacionam com as condições de trabalho e com o imaginário do arquiteto. As teorias e as práticas críticas ao modernismo racionalista na arquitetura e no urbanismo acabaram desembocado contemporaneamente num paradoxo. Sob pressão da estetização cultural e da reestruturação econômica nas práticas do capitalismo globalizante desde os anos 1970, as abordagens pós-modernas passaram, frequentemente, da resistência à celebração da lógica neoliberal de produção do espaço. Apresentamos o modelo da cidade como espetáculo como a epítome desse paradoxo. O espetáculo tem crescentemente sustentado as práticas recentes de revitalização de áreas urbanas históricas e de criação de novos polos de desenvolvimento urbano, entre as quais apontamos os exemplos de Detroit e de São Paulo. Propomos analisar esse fenômeno em face às transformações econômicas, culturais e sociais contemporâneas e em face à crise mais ampla da Modernidade, assim como apresentar possibilidades teóricas de continuidade ao esforço crítico no pensamento e na prática da arquitetura.
A Cidade como Espetáculo: o arquiteto no paradoxo da estetização da cultura contemporânea
Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Lima, Zeuler Rocha Mello de Almeida
Sexo
Homem
Orientador
Magnoli, Miranda Maria Esmeralda Martinelli
Ano de Publicação
2000
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Estruturas Ambientais Urbanas
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
desenvolvimento urbano
paisagem
arquitetura
edificações
Resumo
Disciplina
Área Temática
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
País estrangeiro
Estados Unidos
Especificação da Referência Espacial
Detroit
Referência Temporal
1970-2000
Localização Eletrônica
https://repositorio.usp.br/item/001216620