Neste trabalho, meu objetivo é investigar como as práticas de teatro negro produzem noções de diferença através da performance. Dialogo com a produção intelectual da Cia. Os crespos, grupo de atores formado em 2005 na escola de artes dramáticas da Universidade de São Paulo. Para tanto, realizei entrevistas com os atores; um estudo da revista legítima defesa, publicada pela companhia; e etnografia de intervenções urbanas e apresentações do espetáculo alguma coisa a ver com uma missão (2016). Em minha análise, procuro compreender os processos de pesquisa cênica do grupo, destacando perspectivas teóricas e procedimentos estéticos. Em seguida, proponho uma discussão sobre uma história negra do teatro, como sugere Evani Tavares Lima (2015). Por fim, argumento que, em alguma coisa a ver com uma missão, a performance tece uma reflexão sobre múltiplas práticas de resistência e formas de sujeito, desafiando os lugares impostos aos negros pelo racismo. Subjazem essa construção noções particulares de espaço, tempo e liberdade, as quais traduzem visões de mundo e modos de relação transcriados na diáspora afro-atlântica.
Cabelo armado, em 'legítima defesa': performance e diferença no teatro negro da Cia. Os Crespos
Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Terra, João Paulo Possa
Sexo
Homem
Orientador
Schwarcz, Lilia Katri Moritz
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.11606/D.8.2019.tde-06112019-184443
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Antropologia Social
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Atlântico negro
Cia. Os Crespos
Performance
Teatro negro
Diferença
Resumo
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Área Temática
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-06112019-184443/pt-br.php