Parece haver consenso em torno da ideia de que os tempos atuais são caracterizados tan-to pela intensificação dos deslocamentos humanos, quanto pela aceleração dos fluxos digitais. Os contínuos investimentos em tecnologias de comunicação e de transporte que precipitam as distâncias trazem, como efeito colateral e tangível, os gigantescos congestionamentos nas rodovias, ferrovias e aeroportos das grandes cidades nos dois hemisférios. O aquecimento global e as mudanças climáticas constituem efeitos igual-mente perversos, porém menos evidentes para alguns, dessa que tem sido chamada de civilização do carbono. Enquanto as práticas de offshoring operam num mundo em que os grandes capitais e os poderosos se movimentam por rotas ocultas, sob os auspícios de sigilosas jurisdições, dispositivos cada vez mais intrusivos, arbitrários e letais controlam os fluxos de corpos ordinários, mensagens e coisas. É desse mundo de mobilidades e imobilidades, das condições de possibilidade de sua emergência, dos princípios normativos profundamente desiguais que o sustentam e dos deslocamentos epistêmicos por ele provocados, que tratam os artigos reunidos neste Dossiê.
Por uma teoria social on the move
Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Freire-Medeiros, Bianca
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Telles, Vera da Silva
Allis, Thiago
Sexo:
Mulher
Sexo:
Homem
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2018.142654
Título do periódico
Tempo Social
Volume
30
Ano de Publicação
2018
Idioma
Português
Palavras chave
Giro móvel
Mobilidade
Paradigma das mobilidades
Resumo
Disciplina
Área Temática
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/142654