"Quem não tem casa mora debaixo da ponte ", é o que expressa um antigo ditado popular. Ele remonta a uma época em que a cidade, aparentemente, existia para todos, desde os mais afortunados, com seus palacetes, até aos mais pobres, carentes inclusive de um teto. Época em que o “viver em condições precárias” era entendido como algo passageiro, já que as dificuldades de fixação decorrentes da pobreza se ajustariam com a cidade crescendo e fornecendo mais empregos e moradias. De lá até o momento em que este texto é escrito, muito aconteceu; mas o principal é que a cidade cresceu em ritmo acelerado, e também foi aceleradamente que mais pessoas passaram a viver nas ruas, e não só embaixo dos viadutos e pontes. Enfim, tornou-se cada vez mais comum pessoas desempregadas se verem sem perspectiva outra senão irem, com a família, morar com parentes ou na rua. Também se tornou muito mais difícil escapar à última: as pessoas que conseguiram sair da rua, normalmente o fizeram com muita ajuda humanitária externa, prestada por pessoas e entidades de apoio, como a Igreja. Enfim, mudou o tempo, e com ele os conteúdos sociais, que é o assunto deste artigo.
O urbano entre a direita e a esquerda, o público e o privado a rua negada como possibilidade à vida
Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Baitz, Ricardo
Sexo
Homem
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.48213/travessia.i54.668
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
19
Ano de Publicação
2006
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
segregação urbana
espaço urbano
Resumo
Disciplina
Área Temática
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2000 - 2010
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/668