Imigração, preconceitos e os enunciados subjetivos dos etnocentrismos

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Seyferth, Giralda
Sexo
Mulher
Título do periódico
Travessia - Revista do migrante
Volume
18
Ano de Publicação
2005
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
Etnocentrismo
Imigração alemã
Teuto-brasileiros
Preconceitos
Identidade
Resumo

As breves referências às manifestações acerca das identidades coletivas surgidas no contexto imigratório da colonização no sul do Brasil mostram a constância dos preconceitos (no sentido corriqueiro de prejulgamento sem fundamento) e estereótipos na conformação das diferenças culturais demarcadoras das fronteiras simbólicas de cada grupo, embora compartilhem da apropriação de uma mesma categoria social — colono — que une todos em oposição aos brasileiros. Cada grupo conta a mesma epopéia do herói civilizador - tema particularmente enfatizado por “italianos” e “alemães” - representando a conquista de um território selvagem e perigoso. Define-se o colono por referência a uma “origem” nacional européia que, por princípios etnocêntricos, exclui os brasileiros designados por categorias denotadoras de pressupostos de inferioridade cultural e racial, apesar do pouco uso de referências explícitas ao fenótipo. A exclusão não está presente apenas nos discursos étnicos daqueles que se apropriaram da vinculação entre colono e progresso, pois foram prejulgamentos racistas que embasaram o cerceamento da entrada de nacionais em áreas de colonização, professados pelas elites imigrantistas que acreditavam na superioridade do branco europeu.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
1824-1950
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/716