O potencial descritivo da fotografia sempre foi de suma importância para os estudos etnográficos. Na Antropologia as fotografias podem ser encontradas em alguns clássicos, como no livro “Argonautas do Pacífico Ocidental” de Bronislaw Malinowski (1922), no qual o autor além da descrição textual apresenta as imagens, inaugurando assim a fotografia como um instrumento descritivo potencial. Porém, após 90 anos da obra de Malinowski, percebe-se certa resistência ao uso da fotografia no campo da Antropologia, especificamente na etnografia.
Pensar no uso das imagens nas pesquisas antropológicas implica em compreender a imagem como mais uma forma de linguagem, de narrativa visual que reproduz um “texto vivido”, capaz de ir além do registro da experiência material em si, mas trazer à tona o sentido das relações sociais estabelecidas e possíveis de serem analisadas pela Antropologia.
Na Antropologia Urbana a fotografia se apresenta como um instrumento importante no processo de compreensão das dinâmicas urbanas, uma vez que embrear-se em uma prática de etnografia na rua, traz o exercício da observação aliada a descrição etnográfica das histórias dos grupos urbanos na cidade; neste sentido a fotografia é capaz de revelar a cidade, a rua, o urbano e como ocorrem as dinâmicas que são construídas e reinventadas no cotidiano da vida nas cidades.
A atuação dos “flanelinhas” e o olhar fotografado da cidade
Tipo de Material
Outros
Autor Principal
Prado, Francieli Muller
Sexo
Mulher
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.4000/pontourbe.3484
Título do periódico
Ponto Urbe
Volume
20
Ano de Publicação
2017
Local da Publicação
São Paulo
Descrição Adicional
Ensaios fotográficos
Idioma
Português
Resumo
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Área Temática
Referência Espacial
Cidade/Município
Maringá
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Paraná
Referência Temporal
2015
Localização Eletrônica
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