A Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira na construção de sentidos para a cidade de São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Cotrim, Luciana Rossi
Sexo
Mulher
Orientador
Oliveira, Ana Claudia Mei Alves de
Ano de Publicação
2013
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Comunicação e Semiótica
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Semiótica discursiva
Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira
Comunicação
Resumo

Para além da funcionalidade viária, a Ponte estaiada Octávio Frias de Oliveira é apropriada por visualidade que produz efeitos, a partir de uma tessitura de discursos sincréticos entretecidos por meio de diferentes linguagens: urbanística, arquitetônica, estética, midiática, e que constroem a visibilidade da urbe, caracterizando um modo de presença polissêmico que promove processos comunicacionais e sociopolíticos que a significam para São Paulo e seus habitantes e justificam sua escolha como objeto de estudo. A pesquisa refere-se à maneira como a ponte agrega novos significados à metrópole ao se fazer vista e vivida pela população, projetando mundialmente a própria cidade e seus habitantes. A principal hipótese é que os efeitos de sentido de sua visibilidade e das interações estabelecidas com os sujeitos em diversos acontecimentos contribuem para fazer a cidade de São Paulo ser reinventada, ora como cidade global, ora como província. O arcabouço teórico é a semiótica discursiva de Algirdas Julien Greimas, e sua metodologia do percurso gerativo do sentido nos três patamares: discursivo, narrativo e axiológico; as contribuições da análise plástica de Jean-Marie Floch e Ana Claudia de Oliveira e a análise do sentido sensível e os modos de apreensão, assim como dos regimes de interação e de sentido desenvolvidos por Eric Landowski. O corpus abarca a pesquisa histórica da ponte estaiada: a construção, a inauguração, em maio de 2008, e a midiatização de diferentes ações ocorridas em suas vias até meados de 2013. A este levantamento soma-se a apreensão de seus modos de presença, a partir de sua expressão, visibilidade e interação com a população, divulgados nas mídias e captados pela pesquisadora. A conclusão é que os sentidos da Ponte estaiada Octávio Frias de Oliveira vão além dos discursos emblemáticos produzidos intencionalmente por seus destinadores e convocam, na rotina diária citadina, a circulação de valores de (não) pertencimento entre os que vivem na cidade e fora dela, unindo-a ao mundo. Essas narrativas e suas axiologias foram consideradas míticas pelo semantizar da ponte em suas redes significantes: como a rede viária da região onde se localiza e a da cidade, as redes de interações entre sujeitos e as redes invisíveis que midiatizam globalmente a cidade de São Paulo

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2008 - 2013
Localização Eletrônica
https://tede2.pucsp.br/handle/handle/4550