O Movimento de Assembléia do Povo e a Crítica da Marginalidade

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Lopes, Doraci Alves
Sexo
Mulher
Orientador
Maria de Nazareth Baudel Wanderley
Ano de Publicação
1988
Local da Publicação
Campinas
Programa
Sociologia
Instituição
UNICAMP
Página Inicial
1
Página Final
335
Descrição Adicional
Resumo: A dissertação trata, em uma perspectiva histórica, do movimento dos favelados da Assembléia do Povo teve início em 1978, em Campinas, reunindo reivindicações de bairros e favelas. Em 1980, o eixo principal da luta era a habitação, definindo em seu processo de constituição e de mobilizações uma solução jurídica para o problema da posse definitiva da terra e um projeto de urbanização para todas as 84 favelas do município. Mostra como a luta pela lei da terra propicia o surgimento da identidade do favelado, como negação da pseudo-identidade de "marginal". Vincula a luta por um projeto alternativo de moradia em relação ao Estado e à existência de um "saber favelado" colocado em prática no processo de organização política e urbanização das favelas. Apresenta a origem das favelas em Campinas sob a óptica das classes dominantes e do poder público local, baseada na ideologia da "marginalidade" que basicamente oculta a questão da posse da terra. Aborda a ideologia da "marginalidade" nas discussões sobre violência urbana, onde a favela é vista como o lugar "natural" dos "marginais" e, portanto, da repressão policial, desqualificando qualquer mobilização política em seu interior. Discute, a título de conclusão, a ausência de uma crítica à "Teoria da Marginalidade" que dê conta da perspectiva dos movimentos sociais pela posse definitiva da terra e da participação política de seus integrantes.
Idioma
Português
Palavras chave
favela
lutas políticas
reivindicação
identidade
Resumo
Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Campinas
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1978-1980