Mulheres da fronteira: identidade negra de mulatas na cidade de São Paulo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Oliveira, Marcia Maria Micussi de
Sexo
Mulher
Orientador
Bernardo, Teresinha
Ano de Publicação
2008
Programa
Ciências Sociais
Instituição
PUC/SP
Idioma
Português
Palavras chave
Identidade racial
Miscigenação
Mulher
Mulata
Negras
Resumo

Esta dissertação tem como objetivo desvendar como a mulata é caracterizada em nossa sociedade, pois não a podemos considerar como um personagem neutro, visto que é invisível e visível ao mesmo tempo. Sua invisibilidade é devido ao seu pertencimento, à sua origem africana, que desaparece quando há insistência de que não é tão preta/escura assim. E sua visibilidade acontece por meio de sua herança branca. A questão central é investigar num universo marcado por um imaginário racista como essas mulheres se identificam: se a identidade delas é mulata, negra ou se vêem com outra denominação. Raça, racismo e gênero são estudados uma vez que são necessários para o entendimento das mulheres tratadas aqui. Para isso, as histórias de vida de um grupo de treze mulheres, descendentes de negras(os) e brancos(as), são analisadas e, por meio de seus depoimentos, que as tornaram co-autoras desse trabalho, faz-se possível observar o processo de construção dessa identidade marcada por incoerências. Foi também problematizado se essas mulheres, que são implicitamente consideradas iguais às negras, o são na verdade ou se há especificidades nessa categoria que as tornam um grupo distinto dentro do grupo de mulheres negras. Nesse estudo, foi percebido que elas são as mulheres da fronteira, em um movimento contínuo, que ora pende para o lado branco e ora para o negro, e que também a construção de suas identidades é um processo semfim, e muitas vezes, penoso.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://tede2.pucsp.br/handle/handle/4000