A tese examina as atitudes do público a respeito do uso da força excessiva pela polícia. Nosso pressuposto é que as práticas arbitrárias e o emprego de métodos violentos e abusivos que marcam historicamente a atuação das forças policiais brasileiras não poderiam ser um fenômeno tão persistente sem a existência de algum respaldo por parte da sociedade para a manutenção de tais ações. Nesse sentido, investigamos não só a magnitude desse apoio, mas principalmente, quais são as explicações que podem ser acionadas para melhor compreender o respaldo conferido para a polícia agir de maneira violenta. Com base em um estudo empírico, conduzido por meio de dados de um survey aplicado a 1.806 moradores da cidade de São Paulo em 2018, verificamos que efeitos as variáveis sociodemográficas, contextuais e atitudinais exercem sobre a disposição de apoiar o uso da força excessiva por parte da polícia. Nossos dados indicam que o apoio ao uso da força excessiva pela polícia é mais acentuado dentre os brancos, os homens e pessoas com maior adesão à valores autoritários, e não se mostrou relacionado com medo do crime e percepção de vulnerabilidade ao crime. Os resultados apontam que, para uma parcela dos entrevistados, o apoio a ações excessivas da polícia está ligado à uma concepção autoritária do exercício de poder.
Expectativas autoritárias: apoio ao uso da força excessiva pela polícia
Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Natal, Ariadne Lima
Sexo
Mulher
Orientador
Abreu, Sérgio França Adorno de
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.11606/T.8.2020.tde-03082020-143936
Ano de Publicação
2020
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Sociologia
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Polícia
Uso da Força Excessiva
Brutalidade Policial
Autoritarismo
Survey
Resumo
Disciplina
Área Temática
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2018
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-03082020-143936/fr.php