O processo de desenvolvimento urbano compacto é associado à sustentabilidade e tem como aspectos principais o uso eficiente do solo e a vitalidade urbana em diferentes períodos do dia. Essas características relacionam-se a duas dimensões: densidade e diversidade. No entanto, existe uma tendência de dispersão e fragmentação do tecido urbano evidenciada nas cidades latino-americanas. Essa evidência é, no entanto, geral, e portanto deve-se compreender como os diferentes níveis de compacidade existem no território e como se traduzem em termos de forma urbana. Parte-se do pressuposto que diferentes áreas apresentam diferentes níveis de densidade e formas de ocupação do solo. O objetivo da pesquisa é relacionar as dimensões de compacidade e forma urbana de três municípios que compõem a Região Metropolitana de Campinas (Hortolândia, Valinhos e Campinas). A pesquisa, de caráter exploratório, é estruturada por meio do estudo de caso dos três municípios. A caracterização é realizada por meio da identificação dos níveis de densidade e diversidade dos setores censitários, utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e consequente agrupamento desses para composição de recortes espaciais. Em seguida, é proposta a leitura morfológica de cada recorte buscando-se associar os níveis de densidade e diversidade com os aspectos morfológicos. Os resultados encontrados permitem identificar que não existe uma relação direta entre os níveis de densidade e diversidade, mas permitem o estabelecimento de relações entre ambas as dimensões e os aspectos morfológicos, sendo que a forma urbana acaba por representar alto grau significância na caracterização dos níveis de compacidade e impacta, diretamente, na sustentabilidade urbana.