Neste artigo, analisamos o papel da comida para os descendentes de italianos que migraram para o Rio Grande do Sul em finais do século XIX e início do século XX. No sul do Brasil, os imigrantes europeus se instalaram em pequenas colônias que, embora dentro dos parâmetros da política de colonização brasileira, buscavam reproduzir o modelo camponês europeu. Esses imigrantes eram, em sua maioria, camponeses pobres, católicos e provenientes do norte da Itália. Uma migração familiar marcada pela expectativa da cucagna, da terra em que os salames nasceriam em árvores e a conquista da riqueza seria uma questão de tempo e algum trabalho. Ou seja, além de ascenderem socialmente e tornarem-se proprietários, aquelas populações queriam comida e a queriam em abundância. Acreditamos que a ênfase na fartura representa a prosperidade e o desejo de perpetuá-la, mas também sinaliza para a diferenciação cultural e a simbologia da migração que deu certo.
Mangia che te fa bene! Comida e identidade entre os descendentes de imigrantes italianos no Rio Grande do Sul
Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Zanini, Maria Catarina C.
Sexo
Mulher
Título do periódico
Travessia - Revista do Migrante
Volume
1
Ano de Publicação
2013
Local da Publicação
São Paulo
Idioma
Português
Palavras chave
identidade étnica
comida étnica
diferenciação cultural
Resumo
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Área Temática
Referência Espacial
Macrorregião
Sul
Brasil
Habilitado
UF
Rio Grande do Sul
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://revistatravessia.com.br/travessia/article/view/143