Divisão Social do Trabalho, Especialização e Crescimento Urbano: o caso da macro-metrópole paulista

Analisa alguns aspectos do crescimento urbano, a partir da problemática da divisão social do trabalho e suas projeções territoriais. Teoricamente, assinala alguns contornos básicos da problemática envolvida sem aprofundá-la e, empiricamente, explora um conjunto de dados limitados em sua abrangência e qualidade. Apresenta alguns procedimentos utilizados e resultados obtidos, na tentativa de avaliar o impacto que tem o modo de inserção na divisão do trabalho sobre alguns aspectos da dinâmica demográfica urbana dos diversos municípios que compõem a macro-metrópole paulista. Para isso, a especialização funcional dos municípios, medida em termos de seus perfis ocupacionais, e sua hierarquia funcional, aferida a partir do elenco de funções que eles desempenham, são utilizados como traduções operacionais satisfatórias dos conceitos relativos à divisão social (territorial) do trabalho. A classificação proposta se mostra útil e com poder discriminatório, com respeito ao ritmo de crescimento da população urbana e às taxas de imigração. No tocante às taxas de emigração, os resultados são um pouco mais complexos, devido principalmente às diferenças existentes entre várias categorias de inserção na divisão social do trabalho. Em relação ao problema de substituição da população, os resultados revelam, que de um modo geral, os diversos níveis da hierarquia funcional não podem ser considerados nem como áreas de emigração, nem como grupos de especialização.