A Demografia da Desigualdade no Brasil

Investiga os mecanismos pelos quais as transformações da estrutura social, econômica e política do Brasil afetam e são afetadas pelo comportamento demográfico dos grupos que residem em diferentes regiões do país e que ocupam posições diversas no sistema social. Para viabilizar essa análise, apresenta um mapa conceitual composto por três módulos articulados entre si: infra-estrutura econômico-demográfica, sistema de estratificação e superestrutura político-ideológica. Acredita que esse estudo pode contribuir para influir de alguma forma na concepção de políticas econômicas e sociais, no sentido de que passem a levar em conta as implicações das mudanças no padrão demográfico do país. Conclui que a satisfação das expectativas populares de uma melhoria das condições de vida exigirá, pelo menos, um aumento substancial do número de empregos no setor formal da economia, assim como de medidas redistributivas para reduzir as desigualdades socioeconômicas e regionais. Afirma que a democracia não solucionará por si só esses problemas mas poderá vir a ser uma alternativa mais adequada à consecução desses objetivos devido à sua capacidade de resposta à pluralidade de interesses e ao seu potencial para forjar uma outra perspectiva social e econômica.