A tradição narrativa no Jongo

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
de Alcantara, Renato
Sexo
Homem
Orientador
de Goes, Frederico Augusto Liberalli
Ano de Publicação
2008
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Letras
Instituição
UFRJ
Idioma
Português
Palavras chave
bantu
caxambu
escravidão negra
jongo
Resumo

A dissertação procura aliar o jongo, manifestação artística oriunda dos povos bantu, à narrativa, categoria estética da literatura. Para tanto, apresentamos as diversas teorias que explicam a origem do termo jongo e sua origem, se africana ou brasileira. Também investigamos a trajetória dos negros africanos em áfrica e na diáspora a que foram submetidos em terras brasileiras. Verificamos que os elementos que o constitui, o terreiro, a fogueira , o tambor, a dança e o ponto narram não só essa trajetória como todo os processos de (re) construção identitária. Devido a sua metodologia, notadamente transdisciplinar, houve a produção de registros fotográficos, gravações em áudio e imagética das pesquisas de campo nas comunidades jongueiras de barra do piraí e piquete (São Paulo). Estruturalmente, a pesquisa está organizada em 4 capítulos:.O primeiro capítulo - ouvir, cantar, celebrar - procura armar nossa percepção para alguns aspectos funcionais da narrativa e seu papel frente à capacidade simbólica humana. Além disso, focamos o olhar para a porção central ocidental da áfrica onde encontramos as diversas etnias bantu e chegamos às terras brasílicas quando o jongo será observado. Sob o som do tambu é o segundo capítulo. Descreve o jongo e seus elementos constituintes: a roda, o ponto, os participantes e o tambu. O terceiro capítulo - a tradição - aborda, além deste conceito, os paradigmas que nortearam a visão dos estudiosos do assunto. O quarto capítulo - a água vai em riba e a pedra espia - analisa alguns pontos de jongo, selecionados a partir de seus temas: ancestralidade, memória do cativeiro, liberdade, relações sociais, demanda, permanência e esperança. Seu título foi retirado de uma das elucidativas conversas que tive com délcio teobaldo, utilizando a internet. Concuímos acentuando que, nos pontos de jongo, o negro, de modo criativo, irônico e metafórico, consegue construir as histórias de sua comunidades e criticar a dura realidade social que o cerca sem perder a alegria, pois o jongo apresenta-se, antes de tudo, como uma celebração à vida.

Referência Espacial
Cidade/Município
Barra do Piraí
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Cidade/Município
Piquete
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I