Esta pesquisa propõe-se a destacar a trajetória de dois equipamentos públicos, a Forca e Pelourinho, a partir das atas da Câmara Municipal de São Paulo e seu registro geral, além de documentação avulsa e manuscrita, conectada aos eventos específicos desses locais, como enforcamentos e torturas públicas. Por meio dessa documentação, a partir de análise qualitativa, procedeu-se à construção de uma narrativa diacrônica sobre esses equipamentos. Esse levantamento recuperou as motivações para sucessivas construções, remoções, utilizações e significados do patíbulo e do tronco, e algumas circunstâncias sociais em que eles obtiveram destaque na narrativa da cidade. Observou-se que, mesmo com pouco destaque na memória hegemônica local, sobretudo na instalação final de ambos equipamentos na Praça da Liberdade, sendo para a Forca o seu período de maior atividade, eles são mencionados com abundante frequência na documentação oficial, e eram objeto de constante interesse no cotidiano popular da São Paulo colonial e imperial. Concluiu-se que não foi a ausência de menções na documentação oficial um dos motivos para o não destaque dessa história de dor no centro da cidade, e que as mudanças espaciais, toponímicas e de usos das regiões em que estavam instalados salientam processos de ressignificação da história local.
Tortura, punição e morte: os lugares de memória e consciência da escravidão na cidade de São Paulo
Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Oliveira, Patricia Cristina Rodrigues de
Sexo
Mulher
Orientador
Marinho, Maria Gabriela Silva Martins Cunha
Ano de Publicação
2020
Programa
Ciências humanas e sociais
Instituição
UFABC
Idioma
Português
Palavras chave
Bairro da Liberdade
Lugares de Memória
Escravidão
Pelourinho
Resumo
Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Liberdade
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://www.oasisbr.ibict.br/vufind/Record/BRCRIS_11947cee29944b4c3ebbe6918fdb9c8a