São Paulo: fisionomia urbana e fetiche. Novas formas urbanas e o processo de alienação

Este trabalho tem como referência imediata a dissertação "Acumulação e Transforrmação do Espaço Urbano. O processo geral de formação dos shopping centers em São Paulo". Desdobra-se, porém, com uma maior extensão horizontal e maior profundidade, procurando desenvolver uma leitura específica da urbanização moderna a partir da alienação e, através dela, uma visão integradora, de totalidade. Para tanto, são analisadas novas formas urbanas presentes em São Paulo como os shopping centers, os centros empresariais e os condomínios residenciais horizontais. Está dividido em 3 partes. Na primeira parte são apresentados os aspectos novos, formalmente constituídos, do urbano em São Paulo. Na segunda, é analisada a alienação como um processo histórico, constitutivo do urbano e que pode ser lida também na transformação urbana recente. Na última parte, os fatos urbanos apresentados na primeira são explicados, interpretados, à luz da alienação como processo constitutivo. O trabalho procura responder às seguintes questões: o que estas novas formas indicam como qualidade nova do urbano em São Paulo? como é a relação entre a autonomização do capital e a localização? Haveria uma geografia gerenciada e administradora do cotidiano revelando-se através do distanciamento, da fragmentação e da invisibilidade do poder? como as diversidades espaciais são incorporadas num processo de fragmentação? como se pode entender as externalidades enquanto constrangimento e enquanto liberação de potencial idades no espaço? Aponta também para outras indagações: situações como a de Alphaville ou do Centro Empresarial têm possibilidade de se expandirem e reproduzirem geograficamente, tendo em vista as limitações de terreno em São Paulo? como a alienação crescente aparece no urbano através do avesso? Haveria algo semelhante a mimeses (repetição involuntária), de forma que a memória assinalasse como trauma recorrente de Freud?