O objetivo desta pesquisa foi analisar a intervenção espontânea popular na escola pública estatal. Parte-se da hipótese de que o comportamento popular, longe de ser uma reação irracional ou deferente à degradação dos serviços escolares, possui uma lógica própria, fundamentada em valores compartilhados pelo grupo social e na eficácia da ação, podendo se tornar mais complexo a partir da mediação da cultura, dos costumes e da prática cotidiana. A confirmação desta hipótese recoloca no centro da discussão a capacidade de intervenção da população nos processos escolares, a despeito da impermeabilidade administrativa das escolas, de acordo com as necessidades e expectativas populares, dentro daquilo que é possível em cada momento histórico. Busca-se reconstruir, por meio de pesquisa empírica de caráter qualitativo e de estudos teóricos comparados, as formas originais e inovadoras (muitas vezes violentas) de intervenção que a população de um bairro popular-operário da periferia de Cubatão, Estado de São Paulo, encontra para alcançar seus objetivos junto à escola pública estatal, os expedientes adotados para manifestar seus descontentamentos, mesmo quando a participação formal lhes é negada ou é considerada inviável pela própria população.
Os condicionantes culturais da participação das classes populares na gestão da escola pública: um estudo de caso
Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
SILVA, Petter Maahs da
Sexo
Homem
Orientador
PARO, Vitor Henrique
Código de Publicação (DOI)
10.11606/D.48.2015.tde-14122015-160138
Ano de Publicação
2015
Programa
Educação
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Classe baixa
Cultura
Escola pública
Gestão democrática da educação
Participação
Resumo
Disciplina
Área Temática
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Bairro/Distrito
Grajaú
Logradouro
Lajeado
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
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