Meio Ambiente e Políticas Públicas: a atuação da FEEMA no controle da poluição industrial

Ainda hoje e pouco comum os economistas do Terceiro Mundo se preocuparem com problemas ambientais. Durante muito tempo se acreditou que o importante era assegurar a industrialização e o crescimento e que o problema da poluição seria secundário. Essa crença foi seriamente abalada na década de 1970. Três acontecimentos contribuíram decisivamente para isso: a crescente preocupação dos países capitalistas avançados com a degradação ambiental; o impacto internacional da Conferencia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano realizada em Estocolmo em 1972; a crise do período de 1973 que coloca na ordem do dia a questão de uma nova ordem econômica internacional e de uma nova concepção de desenvolvimento. Ainda nessa década surgem as primeiras formulações sobre a problemática ambiental dentro da perspectiva de um país subdesenvolvido. São os trabalhos de Sanchs no CIRED e de Sunkel na CEPAL.Hoje, pode-se dizer que se conseguiu com todo esse questionamento uma grande mudança nos discursos oficiais que passam sempre a dar algum destaque as questões ambientais. Mas em termos de medidas concretas o que foi feito e quais os resultados? Tentamos responder essa pergunta. Rediscutiremos a nossa análise a poluição industrial (ar e água), pois é nessa área que o Estado brasileiro tem mais se destacado em termos de propostas e ações concretas. Vamos nos ater a atuação da FEEMA, pois, junto com a CETESB de São Paulo, e o principal órgão de controle a nível estadual.