Ensino e aprendizagem na cerâmica popular figurativa: a experiência de Taubaté

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Betiol, Carmen Fabiana
Sexo
Mulher
Orientador
Duarte Junior, João Francisco
Ano de Publicação
2007
Local da Publicação
(N/I)
Programa
Artes
Instituição
UNICAMP
Idioma
Português
Palavras chave
Cerâmica
Taubaté (SP)
Arte figurativa
Arte popular
Artesanato
Resumo

Esta pesquisa se propõe a realizar um estudo dos ceramistas do município de Taubaté/SP, com enfoque na tradição de ensino que se estabelece entre as gerações, mantendo, assim, acesa a produção há mais de 150 anos. A cerâmica popular figurativa taubateana nasceu em meados do século XIX com a imigração européia, tendo sido a devoção católica decisiva para os artesãos da cidade se dedicarem à criação de presépios e imagens sacras. Muito contribuiu para esse trabalho com o barro o fato de Taubaté ser banhada pelo rio Itaim, originalmente fonte de sua matéria-prima. Outros fatores contribuíram e contribuem para essa arte existir há mais de um século, como o ensinamento de fazer essas figuras dentro das famílias. Além das relações de parentescos permearem a constituição do grupo, surgem também as relações de ensino entre os vizinhos. Atualmente, o aprendizado também é transmitido para as pessoas fora dessa comunidade, o que ocorre principalmente desde a abertura da Casa do Figureiro, local de produção e venda dessa cerâmica. A criação desse espaço ampliou as possibilidades de geração de renda, outro fator fundamental para tal prática. As figureiras, mulheres que fazem as figuras de barro, representam, hoje, um grupo significativo de manifestação da cultura popular, expressando-se, criando e ensinando às novas gerações o seu ofício. Nesse sentido, a pretensão deste projeto é: descrever e analisar os processos de ensino e aprendizagem presentes nessa tradição. O como são vivenciadas as formas de aprendizagem para essas pessoas a partir de processos (ou métodos) de ensino, criados pelas gerações anteriores, é o grande foco deste trabalho. Nessas ações estão as experiências de ser aprendiz e também de ser o mestre do ofício em fazer figuras. Este estudo procura compreender e registrar essas vivências, como são desenvolvidas e se transformam para constituir também uma tradição de ensinar e aprender. Procura-se, pois, pensar as relações existentes nesse processo, por isso o texto se intitula: ensino e aprendizagem na cerâmica, diferentemente de ensino e aprendizagem da cerâmica. Aqui, não se encontra um manual de como fazer figuras de barro, por isso não são amplamente evidenciadas as técnicas, que são somente citadas com o intuito de exemplificar as situações e relações de ensino e aprendizagem desses sujeitos. Neste trabalho de registro e discussão, enfoca-se como essas pessoas ensinam, aprendem e apreendem o ofício de ser figureiro.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Taubaté
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
(N/I)
Localização Eletrônica
http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/285144