AVALIAÇÃO DE CURSO DE CAPACITAÇÃO SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES PARA PROFISSIONAIS DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA.

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Bannwart, Thais Helena
Sexo
Mulher
Orientador
Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams
Ano de Publicação
2011
Local da Publicação
São Carlos
Programa
Psicologia
Instituição
UFSCAR
Página Final
133
Idioma
Português
Palavras chave
violência
crianças e adolescentes
profissionais de saúde
Resumo

Estudos mostram que , ao lidarem com casos de maus tratos, os profissionais de sáude enfrentam dificuldades, tanto para identificar, quanto para notificar. Essas dificuldades estão relacionadas à lacuna desse tema na formação profissional, á reprodução de padrões culturais no não envolvimento em assuntos que seriam familiares, à descrença na efetividade dos órgãos competentes, como Conselhos Tutelares, às experiências negativas anteriores e a aspectos pessoais. Outros estudos indicaram a necessida de programas de cpacitação para esses profissionais e apontam algumas sugestões sobre o que um programa deveria conter, assim como sua forma, abrangência e níveis profissionais envolvidos com esse público. O objetivo deste trabalho consistiu em sensibilizar profissionais do Programa Saúde da Família (PSF) para a temática da prevenção da violência contra a criança e o adolescente ao elaborar, propor e avaliar um curso de capacitação para identificar e notificar maus-tratos contra crianças e adolescentes. A capacitação foi desenvolvida com base em diretrizes descritas na literatura. Os objetivos da capacitação foi que, ao final do curso, os profissionais fossem capazes de: a) identificar o fenômeno da violência; b) identificar os tipos de violência contra crianças e adolescentes; c) identificar os sinais e sintomas associados; d) identificar fatores de risco e proteção; e) analisar mitos envolvendo a temática; f) analisar a forma de abordar vítimas de maus-tratos; g) identificar a rede de proteção na cidade; h) identificar e analisar os fatores que promovem resiliência; i) estabelecer diálogo entre a equipe e as entidades responsáveis pela infâncvia e juventude e j) preencher corretamente a ficha de notificação. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da UFSCar. Participaram deste estudo duas equipes de referência de Unidades Saúde da Família distintas, sendo inicialmente uma equipe do grupo intervenção e outra controle, em uma cidade do interior de São Paulo. A duração da capacitação foi de 15 horas divididas em 10 encontros quinzenais. Ao final da primeira intervenção, replicou-se a capacitação com o grupo controle. As equipes eram compostas de 11 profissionais de saúde cada. Os instrumentos de avaliação utilizados foram: Questionários sobre Casos Hipotéticos, Escala sobre Avaliação de Maus-tratos contra Crianças e Adolescentes na Atenção Básica e Questionário sobre Violência Intrafamiliar contra Crianças e Adolescentes. Após a capacitação das equipes houve uma variação positiva quanto a procedimentos adotados diante de uma situação de suspeita ou confirmação de maus-tratos considerando-se o cumprimento da legislação de comunicar ao Conselho Tutelar casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos. Ademais, segundo avaliação dos particvipantes, a capacitação sensiibilizou-os quanto ao cuidado desses casos que antes passavam despercebidos. Concluiu-se que a capacitação de profissionas de saúde para identificar e comunicar à autoridade competente sobre casos de violência contra crianças e adolescentes, pode ser eficiente para o objetivo proprosto e, seria de suma importância, aplicá-las como Política Pública para melhorar o atendimento a população e, principalmente, prevenir a violência, bem como fortalecer a rede de proteção à criança e adolescente.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
São Carlos
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
2011
Localização Eletrônica
https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/6025/4112.pdf?sequence=1&isAllowed=y