O crescimento da periferia de São Paulo, iniciado em décadas anteriores, continuou entre 1980 e 1991, apesar da importante diminuição do ritmo do crescimento populacional. Nos anos 60 e 70, o processo de periferização apresentava como característica fundamental uma proporção populacional importante formalmente empregada na indústria e/ou serviços como assalariada. Mas o novo tipo de urbanização periférica, nos anos 80, já não corresponde ao processo de expansão industrial, mas à sua progressiva desaparição e ao domínio das atividades informais. O enorme aumento da população favelada entre 1987 e 1993 demonstrava esse fato: o número de domicílios favelados mais do que dobrou nos últimos seis anos, correspondendo atualmente a cerca de 19 por cento da população municipal. Explora os resultados da pesquisa feita conjuntamente com a FIPE em 1993/1994, mostrando a evolução das favelas paulistanas e de suas condições de moradia. São arroladas hipóteses explicativas tanto para esse crescimento espantoso das invasões, assim como para a mudança do seu padrão de distribuição espacial. Distintas formas de ocupação da terra invadida estão ocorrendo: adensamento e verticalização das favelas existentes, formação de novos assentamentos humanos em zonas próximas a vias expressas, população sem teto. Discorre sobre a evolução das características sócio-demográficas dos favelados, desde o 1õ cadastro de 1973/1974 até 1993.
São Paulo 90: em busca de um local onde morar
Tipo de Material
Outros
Autor Principal
Taschner, Suzana Pasternak
Ano de Publicação
1995
Local da Publicação
Caxambu
Página Final
19
Descrição Adicional
XIX Encontro Anual da ANPOCS
Idioma
Português
Resumo
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Quantitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo