Uma das correntes mais influentes da Antropologia caracterizou o social como a esfera da reciprocidade, dos laços morais e da comunicação interpessoal, sem deixar de ver as ambivalências desses termos. Na construção da ordem social ou de sociabilidade, tais conceitos foram utilizados inicialmente, muito criticados depois e recuperados agora. No término do século, o esgarçamento do tecido social, a violência urbana, a fragmentação que atinge todas as formas de organização e a perda de ímpeto dos movimentos sociais, além dos desafios colocados pela teoria que permanece centrada no indivíduo e no interesse, fizeram recuperar-se os termos do debate no início do século. No Brasil, de um discurso retórico sobre a liberdade, passou-se a falar cada vez mais sobre a sociabilidade, a reciprocidade e a comunicação no espaço público, como manifestações ou mesmo o cerne da cidadania. É preciso, pois, examinar com cuidado os padrões alterados de sociabilidade e de negociação do conflito nos bairros populares, em que as identidades parecem estar agora rigidamente sobre a lógica da guerra.
Ambigüidades do Recíproco, Limites da Violência: o agônico e o antagônico
Tipo de Material
Outros
Autor Principal
Zaluar, Alba
Ano de Publicação
1996
Local da Publicação
Caxambu ^b ANPOCS
Descrição Adicional
XX Encontro Anual da ANPOCS/Caxambu/MG
Idioma
Português
Resumo
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Quantitativo
Área Temática
Referência Espacial
Brasil
Habilitado