Rio de Janeiro, 1875-1945: the shaping of a new urban order

Este trabalho discute exemplos de mudanças que afetaram o espaço urbano do Rio de Janeiro no período de 1875 a 1945 - algumas concluídas outras apenas projetadas, mas todas utilizadas, intencionalmente ou não, para transmitir diferentes tipos e níveis de propaganda de princípios e idéias. Em termos espaciais as observações se concentram no que atualmente é entendido como o centro da cidade. No período correspondente ao século XVIII, o artigo aborda a ordem urbana de uma cidade tipicamente de características luso-brasileiras, na qual predominam dois tipos diferentes de marcos arquitetôncos: os especificamente religiosos e aqueles que representavam o poder, ou seja, instituições civis, religiosas, imperiais e militares. Já no início do século XIX destaca a influência européia e francesa, em especial a remodelação urbana realizada por Haussman em Paris, como fatores norteadores da reforma urbanística empreendida pelo Prefeito Pereira Passos e pelo Presidente Rodrigues Alves. Trata dos diferentes estilos que estiveram presentes nas construções até a década de 1930, tais como o Neoclassicismo, abandonado em 1889 em favor do ecletismo, a Art Nouveau, a Art Deco, introduzida em 1920, e o Modernismo de Le Corbusier que marcou com as suas obras o regime autoritário do Estado Novo de Getúlio Vargas. Cita o Plano Agache desenvolvido por um grupo de especialistas em urbanismo liderados pelo francês Alfred Agache como o primeiro Plano-Diretor da cidade. Aponta as idéias não realizadas por Agache e as que conseguiu implantar, como o monumento do Cristo Redentor no alto da Pedra do Corcovado. O trabalho é fartamente ilustrado, mostrando imagens históricas de uma cidade em constante transformação com a abertura de ruas (Av. Presidente Vargas - 1944), projetos idealizados e construções que marcaram todos os estilos arquitetônicos.