Acompanhar as flutuações e os percursos bandeirantes na cidade de São Paulo significa balizar os usos que pessoas e grupos fazem desse personagem para dar sentido a suas experiências em momentos e lugares específicos. Produzido no interior de uma teia de práticas e discursos, o bandeirante não é uma categoria fixa, tampouco tem seu significado dado de antemão. Para além de figura histórica do período colonial brasileiro, trata-se da invenção de uma metrópole que ele mesmo ajuda a produzir, numa operação na qual sobrepõe, cruza, destrói e reinventa discursos, atitudes e miradas, muitas vezes contraditórias. Sensível às transformações da cidade, ele comenta as mudanças urbanas e lhes confere sentido, engendrando-as e produzindo-as. Atenta às reelaborações locais e às tantas historicidades nele impregnadas, sigo neste artigo os itinerários de algumas figurações desse personagem que, ao se recriar no tempo e com o tempo, condensa e articula diferentes embates, temporalidades e sentidos.
Os bandeirantes ainda estão entre nós: reencarnações entre tempos, espaços e imagens
Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Waldman, Thais Chang
Sexo
Mulher
Código de Publicação (ISSN)
1981-3341
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.4000/pontourbe.7346
Título do periódico
Ponto Urbe - Revista do núcleo de antropologia urbana da USP
Volume
25
Ano de Publicação
2019
Local da Publicação
São Paulo
Descrição Adicional
O presente artigo é fruto da tese de doutorado "Entre batismos e degolas: (des)caminhos bandeirantes em São Paulo (2018)", financiada pelo CNPq, sob a orientação da Profa. Dra. Fernanda Arêas Peixoto.
Idioma
Português
Palavras chave
memória e imaginário urbano
monumentos públicos
São Paulo
Borba Gato
Julio Guerra
Resumo
Disciplina
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
https://journals.openedition.org/pontourbe/7346#ftn1