Esse artigo trata de um trabalho de campo que realizei acompanhando três pessoas de diferentes povos indígenas, moradores de um local chamado de Aldeia Vertical no Rio de Janeiro, que vêm desde 2016 desenvolvendo uma horta comunitária no Complexo de Favelas do São Carlos. A horta é construída por eles como um espaço de “divulgação da cultura indígena” pelas relações ali produzidas entre corpos, alimentos e técnicas. Enfoco aqui, principalmente as relações tecidas por essas pessoas entre as ideias de “cultura” e “aprendizado”, estabelecendo um diálogo com teorias da etnologia ameríndia, assim como a abordagem afro-indígena para pensar a experiência da alteridade na cidade.