A década de 80 marcou uma ruptura com o processo bipolar de redistribuição espacial da população brasileira que vinha predominando desde 1930, conformado pela ocupação das fronteiras simultaneamente à urbanização acelerada. As características do novo ciclo ainda são vislumbradas de forma difusa, mas devem depender, mais diretamente que no passado, da forma de integração do Brasil na economia global. Este artigo visa fazer uma retrospectiva das principais mudanças no padrão de redistribuição espacial, analisando o papel do Estado nessas transformações, como ponto de partida para uma reflexão sobre as perspectivas futuras. Ao final, conclui que a história da redistribuição espacial da população brasileira deixou um legado bastante propício para as condições de competitividade do país. A predominância de população urbana, a existência de uma rede integrada de 560 cidades, junto com o nível reduzido de crescimento urbano e demográfico, são todos fatores favoráveis nesse cenário de fim de século.
Estado, Economia e Mobilidade Geográfica: retrospectiva e perspectivas para o fim de século
Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Martine, George
Título do periódico
Revista Brasileira de Estudos da População,
Volume
v.11, n.1, jan./jun.
Ano de Publicação
1994
Local da Publicação
São Paulo ^b Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP)
Idioma
Português
Resumo
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Quantitativo
Área Temática
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
Década de 1980