Clientelismo à Paulistana: uma análise das gestões Pitta e Maluf

Tipo de Material
Outros
Autor Principal
Teixeira, Marco Antonio Carvalho
Ano de Publicação
1999
Local da Publicação
Caxambu
Descrição Adicional
23õ Encontro Anual da ANPOCS
Resumo

Os prefeitos Paulo Maluf (1993-1996) e Celso Pitta (1997-2000) adotaram estratégias clientelistas semelhantes na formação da base governista na Câmara Municipal de São Paulo. Ofereceram aos vereadores, à margem dos partidos, cargos na administração pública em troca de apoio político. Para Maluf, isso resultou na aprovação rotineira, e sem qualquer tipo de conflito ou questionamento, de suas iniciativas junto ao Parlamento, comprometendo a autonomia do Legislativo. Celso Pitta não teve a mesma sorte. Ao suceder Maluf, ele se tornou refém de sua bancada, que condicionou a aprovação de seus projetos à manutenção e ampliação do controle de equipamentos públicos, sobretudo das Administrações Regionais (ARs). Para os vereadores, governistas e neo governistas, controlar as ARs significou uma maior aproximação com a população, por meio de atendimento particularizado das questões demandadas ao poder público. Isso repercutiu num incremento eleitoral, no principal distrito do parlamentar, de até 4000 por cento, quando comparamos os votos obtidos nas eleições de 1992 com a de 1996. Verificar o impacto dessa prática no sistema partidário local, sua interferência nos trabalhos do Legislativo e a utilização desses equipamentos públicos de forma privada, que recentemente gerou o escândalo da Máfia dos Fiscais, será o objetivo deste trabalho.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Quantitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
São Paulo
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1993-1996; 1997-2000