Analisa a escravidão urbana procurando averiguar a participação do negro no processo de urbanização da cidade do Rio de Janeiro do século XIX. O escravo ao ganho apresenta-se como empregado em atividades diversas, tornando-se opção para preencher as necessidades de mão-de-obra. Ele passava o dia nas ruas alugando seus serviços, com a obrigação de entregar uma quantia diária ou semanalmente ao seu senhor. Afirma que esse tipo de atividade era regulamentada pela Câmara Municipal que, através de rígidas posturas procurava controlar o comércio, as licenças de escravos ao ganho, a moradia, os cuidados com a saúde, as condições de higiene dos mercados e até mesmo os castigos a que os escravos eram submetidos. Utiliza como fontes manuscritos oficiais do século XIX, encontrados no Arquivo Nacional, elaborados para atender às designações burocráticas da legislação municipal, referente à escravidão na cidade. Conclui que a escravidão ao ganho propisciou elementos de transição ao capitalismo, na medida em que favoreceu o surgimento de uma mão-de-obra treinada, de uma classe de proprietários de renda média e de formas intermediárias de salário.
Negro na Rua: a nova face da escravidão
Tipo de material
Livro Coletânea
Autor Principal
Silva, Marilene Rosa Nogueira da
Série
Estudos Históricos
Ano de Publicação
1988
Local da Publicação
São Paulo/Brasília ^b HUCITEC/CNPq
Página Final
166
Resumo
Disciplina
Área Temática
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
1820-1888