Neste artigo discutimos o trabalho etnográfico desenvolvido em um contínuo de espaços urbanos e de ambientes digitais a partir da cidade de Santa Maria (RS/Brasil), e analisamos nosso percurso teórico-metodológico e seus desdobramentos. Entre os anos de 2017 e 2021, mapeamos espaços urbanos reconhecidos como pontos de encontros de artistas Drag perscrutando práticas em torno das suas corporalidades, identificações e dos seus arranjos de sociabilidades. Além disso, direcionadas pelas práticas online des Drags, enfocamos nas suas interações e nas suas experimentações nas mídias digitais, pois esses ambientes se mostraram como laboratórios de experimentações e espaços de performatividades que constituem e configuram as práticas des artistas e a própria cena drag da cidade. Argumentamos, assim, sobre as possibilidades de observação e investigação etnográfica articulando distintos lócus de pesquisa e sugerimos, portanto, a constituição de um circuito de práticas drag materializado nas tramas da cidade, bem como nas mídias digitais.